O vereador Salatiel de Souza não gostou de saber que o Ministério Público convocou para depor, sobre possível vazamento de informações, os jornalistas Anna Ruth Dantas, Everton Dantas e Aldemar Freire, da Tribuna do Norte, Márcio Cézar, da TV União e Flávia Urbano, do Diário de Natal.
Ele entende que a imprensa está sendo pressionada a “dedurar” suas fontes.
“Isso só aconteceu na época da ditadura, quando vários jornalistas foram torturados e até perderam a vida lutando pela democracia e pela liberdade de expressão em nosso país. O jornalista tem assegurado, na Constituição Federal, o direito de preservar suas fontes e agora o Ministério Público deseja que profissionais da imprensa do Rio Grande do Norte revelem como tiveram acesso a algumas gravações feitas durante as investigações da Operação Impacto. Entendo que o Ministério Público é uma importante ferramenta para a consolidação da democracia em nosso país, mas não pode, agora, querer acuar os jornalistas. Considero lamentável esse tipo de comportamento dos promotores”, disse Salatiel.
O que se comentou, depois que o teor das gravações foi vazado, é que CDs estavam sendo vendidos no comércio do Alecrim.
O vereador Sargento Siqueira disse isso, com todas as letras, no plenário da Câmara, com direito à transmissão ao vivo pela emissora da Casa.
E com certeza, não eram jornalistas que estavam fazendo isso.
