A UFRN emitiu nota sobre o uso do ônibus da instituição por integrantes do movimento sem terra que invadiram o porto de Natal na noite de quinta-feira.
Nota
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) esclarece que a disponibilização dos ônibus utilizados, nesta quinta-feira, 08, obedeceu aos trâmites institucionais, haja vista sua vinculação ao projeto de extensão Mulheres Conquistando Autonomia, ação da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), criada no âmbito do Ministério do Trabalho, e ao curso de Graduação Tecnológica em Gestão de Cooperativas, vinculado ao Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra), desenvolvidos com o intuito de, entre outros objetivos, capacitar pessoas dentro do âmbito da Reforma Agrária, para propiciar oportunidade de renda e trabalho.
Ambos estimulam e preveem vivências como ferramenta de capacitação, dentro de preceitos previstos na Pedagogia da Alternância.
Neste contexto, os projetos se integraram à Marcha das Mulheres pela Defesa da Democracia, pela Aposentadoria e contra as Violências, realizado em Natal na tarde desta quinta-feira, 08.
Acaso algum dos beneficiados pelos projetos integre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), este fato não o exclui de beneficiar-se das ações desenvolvidas pela Universidade Federal, tampouco o incrimina por alguma situação, fato ou acontecimento transcorrido durante o citado evento, sem devida apuração.
Contudo, a UFRN, caso receba alguma denúncia, apurará de acordo com os trâmites institucionais cabíveis, obedecendo ao seu Regimento Geral.
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Do Blog – A UFRN citou muitos projetos, mas um só objetivo: a reforma agrária.
Mas o porto de Natal não tem terra para reforma agrária.
O movimento foi político.
Mais do que admitir o problema, que seria mais nobre, a UFRN achou por bem dizer que o que foi publicado não foi apurado.
Quem deveria apurar melhor o fato antes de se esquivar da respondabilidade era a UFRN, que poderia ter feito o que o Blog fez: buscado fotos, vídeo e consultado quem estava no local, que viu TODOS os invasores se dirigindo ao ônibus da universidade, e não só um ou dois integrantes como tenta convencer a instituição.
A universidade que ensina, poderia ter passado sem essa.