Na audiência com o governador Robinson Faria (PSD), nesta terça-feira, o presidente da Fiern, Amaro Sales, acenou com a união de forças em torno do próximo governador, independente de quem seja.
Para isso, a Federação tem que se apresentar como isenta na campanha.
Robinson foi a Fiern acompanhado do vice, Tião Couto (PR), designado na chapa como porta-voz do setor produtivo. “É um empresário de maior sucesso no Rio Grande do Norte”, destacou o governador, anunciando que, caso sejam eleitos, o gabinete do vice será instalado em Mossoró.
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No discurso para os associados da Federação, o governador traçou uma radiografia de como encontrou o Estado, segundo ele, governado há 60 anos pelos grupos que hoje estão no palanque que lhe faz oposição.
Lembrou que a crise é igual para todos os estados brasileiros, mas os estados vizinhos não estavam quebrados…
Comentando sobre interesses políticos pessoais dos grupos que o antecederam, declarou que “essa ambição quebrou o estado”.
Robinson disse aos empresários que o grupo que ele derrotou, desmontou o palanque no Rio Grande do Norte e montou em Brasília “para impedir a chegada de investimentos em nosso estado”.
Foi quando voltou a falar da Medida Provisória assinada pelo TCU para liberar 650 milhões para o Rio Grande do Norte, numa ação do governo estadual em parceria com a presidência da República.
Repetiu o que tem dito: que detentores de mandatos no RN atuaram para impedir a liberação do dinheiro que, caso tivesse sido repassado, teria atualizado a folha de pagamento dos servidores.
“Eles conseguiram impedir a liberação do dinheiro ameaçando votar contra o governo em Brasília”, afirmou o governador.
“É importante que tenhamos nessa eleição a hora da verdade. Não venham agora posar de moralistas, dizer que quando governaram era diferente. Eles governaram quando o Brasil crescia 5% do PIB ao ano. Venha governar com o PIB negativo como eu governei.
Venha governar o estado que quando eu peguei estava com dois meses da folha paga com dinheiro da Previdência”, desabafou Robinson, lembrando que, enquanto aqui os grupos políticos brigam, no Ceará o governador Camilo “deu as mãos” ao maior adversário, o senador Eunício Oliveira, e em Brasília juntos liberaram recursos para o estado.
“Mesma coisa em Pernambuco, Piauí. Já o Rio Grande do Norte não liberou uma operação de crédito sequer porque não teve apoio da bancada”, disse o governador, afirmando que mesmo assim atravessou o “palanque da sabotagem”.
O candidato-governador foi aplaudido em vários momentos, como quando criticou os Direitos Humanos por atuar na defesa dos bandidos e não das pessoas de bem.
Também foi aplaudido quando mostrou como resultado da viagem a China, a instalação de uma empresa de energia só existente na China, na Alemanha, e agora em Natal.