O Globo: \"Micarla tem assustado os caciques potiguares\"

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E o domingo foi de notícia na imprensa nacional para a candidata Micarla de Sousa.
Que ganhou espaço nobre no jornal O Globo, em reportagem que aponta a candidata do PV como uma pedra no caminho do presidente Lula, da governadora Wilma de Faria, do presidente do Senado Garibaldi Filho e do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves.
Leia a reportagem:

CANDIDATA DO PV DESAFIA AS MÁQUINAS EM NATAL
Micarla de Souza, com 54% dos votos hoje, disputa eleição com Fátima Bezerra, apoiada por Lula, governadora e prefeito.
Duas mulheres disputam os votos dos eleitores de Natal, capital do Rio Grande do Norte, estado governado por uma mulher. Liderando as pesquisas com mais de 50% das intenções de voto, Micarla de Souza, do PV, com apoio do DEM, vende a imagem da mudança e aproveita o capital conquistado como jornalista e âncora de telejornais para se apresentar como símbolo de renovação. A petista Fátima Bezerra, com menos de 20% nas pesquisas, aposta na força da campanha na TV para mostrar que tem mais experiência e que conta com apoios de peso: do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à governadora do estado, Wilma Faria (PSB), passando pelo atual prefeito, Carlos Eduardo Nunes Alves (PSB), e o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB).
Bonita, com 38 anos e apenas há 4 na política, Micarla tem assustado os caciques potiguares.
Na última pesquisa Ibope, realizada entre 24 e 28 de julho, ela aparece com 54% das intenções de voto, seguida de Fátima, com 17%. Micarla tem como principal aliado o senador Agripino Maia, líder do DEM, mas conseguiu fisgar apoios importantes em partidos da base do governo Lula (PP, PTB, PR e PMN). E faz sucesso com o eleitor jovem.
Desde 1998, quando assumiu a direção da TV Ponta Negra após a morte do pai, senador Carlos Alberto, Micarla vem consolidando sua imagem para estrear na política. Disputou a primeira eleição pelo PP, em 2004, como vice do atual prefeito.
E, em 2006, já no PV, foi a deputada estadual mais votada em Natal. Mesmo aliados admitem que os programas que apresenta — debatendo problemas da população — criaram uma identidade com o público.