10/11/2008
Vereador apresenta requerimento à Câmara pedindo cópia do contrato à Prefeitura e ao Banco do Brasil
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O vereador Salatiel de Souza não achou a menor graça nas justificativas apresentadas pelo prefeito Carlos Eduardo, pelo procurador Waldenir Oliveira e pelos secretários Dácio Galvão, da Funcarte, e Virgínia Ferreira, de Planejamento, sobre a venda da Conta Única do Município ao Banco do Brasil, numa operação sem licitação.
“Não me resta outra atitude, a não ser fazer um requerimento à Superintendência do Banco do Brasil e à Prefeitura de Natal, pedindo a cópia do contrato.
“Quero que a Câmara conheça os detalhes desta Operação Cavalo de Tróia, que segundo especialistas do setor financeiro, valeria pelo menos R$ 100 milhões, e foi feita por R$ 40 milhões, dando um prejuízo de R$ 60 milhões, já que, só de multa à Caixa Econômica (que detinha a Conta Única), vamos pagar R$ 9 milhões”.
Salatiel vai propor à Câmara a convocação do procurador Waldenir Oliveira, da secretária Virgínia Ferreira, e dos secretários Dácio Galvão e Urbano Medeiros, que assinaram como testemunhas do contrato, para que eles dêem esclarecimentos sobre a operação.
Salatiel dará entrada no requerimento na manhã desta segunda-feira.
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Só rememorando...
Quando questionados pelo Jornal de Hoje sobre a operação, que transferiu a conta única da Caixa Econômica para o Banco do Brasil, as justificativas foram as seguintes:
-O prefeito Carlos Eduardo disse que não optou por licitar porque não havia interesse de atrair bancos privados. ( E se algum banco privado fizesse uma proposta melhor?)
-O secretário Dácio Galvão, que assinou como testemunha, disse que não conhecia o teor do contrato, e que assinou como quem assina como testemunha de um casamento.
-O procurador Waldenir Oliveira disse que não houve quebra de contrato com a Caixa Econômica, apesar de confirmar o pagamento de uma multa de R$ 9 milhões.
-E a secretária Virgínia Ferreira afirmou que os recursos conseguidos com a operação eram para sanar dívidas e deixar a Prefeitura kits para Micarla de Sousa administrar. Sem dizer que, se as contas não fossem sanadas, o prefeito poderia ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal e se tornar inelegível. E sem lembrar que em operações como esta, a contrapartida vem sempre com o propósito de investir. E não de pagar contas.