19/02/2009
José Maranhão renuncia ao cargo de senador e quase não assume o governo da Paraíba. Mas assumiu!
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Depois de muita confusão...do ex-senador José Maranhão ter renunciado ao cargo no Congresso Nacional e se visto ameaçado de não assumir o governo...
Eis que a Paraíba já está sob o comando do PMDB, após a cassação, em definitivo, do ex-governador Cássio Cunha Lima.
Leia o que escreveu Josias de Souza sobre a posse do novo governador paraibano:
A Paraíba já se encontra sob nova direção. Saiu Cássio Cunha Lima (PSDB), cassado na véspera pelo TSE.
Entrou José Maranhão (PMDB), que teve de renunciar à cadeira de senador. A dança de cadeiras foi precedida de um tumulto político-judicial.
Diplomado pela manhã, no TRE paraibano, José Maranhão teve de conviver, durante toda a tarde, com a ameaça de não ser empossado pela Assembléia Legislativa.
A Assembléia é presidida pelo deputado estadual Arthur Cunha Lima (PSDB), primo do governador cassado.
Logo cedo, Arthur pediu licença da Assembléia e assumiu a cadeira de governador, até então vaga. Simultaneamente, a Assembléia protocolou uma ação no STF.
Submetido aos Cunha Lima, o legislativo paraibano queria que fosse convocada uma eleição indireta. Um pretexto para retardar a posse de Maranhão.
Outras três ações deram entrada no Supremo. Uma do cassado Cunha Lima. Outra do vice José Lacerda Neto (DEM), também cassado, e uma terceira do PSDB.
A despeito de todo o esperneio, prevaleceu a ordem do TSE: a posse de José Maranhão, segundo colocado nas eleições de 2006, deveria ser imediata.
No início da noite, o deputdo Ricardo Marcelo (PSDB), presidente interino da Assembléia, viu-se compelido a dar posse a José Maranhão.
Em discurso, o novo governador foi ao revide. Maranhão disse que Cunha Lima patrocinava a "pilhagem do Estado".
Afirmou que a Paraíba vivia sob a "lei da selva". De resto, declarou que seu mandato fora "usurpado" na eleição de 2006.
Na vaga de José Maranhão, assume no Senado o suplente Roberto Cavalcanti Ribeiro. É filiado ao PRB, partido que integra o consórcio governista como sócio minoritário.
Cavalcanti Ribeiro chega a Brasília devendo explicações. Responde a vários processos.
Entre as acusações que lhe pesam sobre os ombros está a de ter participado de um esquema que produziu o cancelamento ilegal de créditos da União. Beleza.