08/03/2009
O valor da Amizade e o Senhor Tempo
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O “Carpe Diem” da coluna de Jota Oliveira, hoje na Tribuna do Norte, é um texto assinado pelo jornalista Rubens Lemos, e publicado no seu blog, o www.rubenslemos.com.br
O texto fala no tempo...
Tempo, que muitas vezes as pessoas desconhecem o seu poder.
E acham que podem dominar o mundo, destruir sonhos, destruir vidas...
E sem respeitar o tal Tempo, trocam seus valores, ignoram as amizades, até esquecem o que danado significa Amizade.
Trocam por trocados, com ou sem nota fiscal.
Eu sou do tempo que amizade se dá. Não se troca. Nem se vende.
E por ser assim ainda penso que sou amiga de muita gente que hoje, por um trocado valor, ou por um valor trocado, já me botou na vala comum há tempos.
Pois o texto de Rubinho, publicado na coluna de Oliveira, dá um solavanco em quem pensa assim.
Se bem que, quem pensa assim, que já decidiu que valores são em dólar, euro ou até real, não vai dar muito cabimento não.
Mas eu continuo apostando no poder do Senhor Tempo.
E publico o texto de Rubinho.
PASSAGEIROS
Quem manda no mundo é o tempo. Besta é aquele que quiser enfrentá-lo. Entregue a ele suas mágoas, decepções e ilusões perdidas e não ligue o cronômetro do espírito. Deixe os ponteiros girando como as crianças deitam e rolam alegres num parque, sem se preocupar com o fim. O tempo é maior que qualquer crença ou tradição, costume ou pregação. É manso e implacável. Lento para ser justo, ligeiro se lhe for conveniente ensinar que tudo é passageiro. Faz algum tempo que eu entreguei ao tempo o meu destino. Ele tem sido um guia prudente e professor. Tem me mostrado o escancarado que se teima em não ver. Ou o que se crê e não existe. O tempo alivia e agonia. Por ser correto e, por matéria, reflexão, o tempo é paciente para tratar de todos os males, especialmente os nascidos de quem menos se espera. Ingratidão, traição, remorso, a tudo de ruim, o tempo dá a condenação. Segundo um vivente inspirado, “O remorso é o castigo de quem nasceu sem caráter”. O tempo também revela a bondade e a amizade verdadeiras nos baús escondidos como os tesouros das arcas perdidas. Sou amigo do tempo. Ele tem sido amigo meu. Até para os que me fazem mal. Eles são ocasionais de segunda classe, do tempo que vai passar. Sem volta.
(Jornalista Rubens Lemos Filho)