19/06/2009
Alexandre Macedo questiona posição de Garibaldi em relação ao PMDB
[0] Comentários | Deixe seu comentário.E por falar em Alexandre Macedo, deu o que falar um comentário que ele fez na 96 FM – onde ele fala diariamente às 18h – sobre a posição do senador Garibaldi Filho em relação ao seu partido, o PMDB...
Depois de ir ao ar, o buxixo rolou solto e o Blog foi atrás do motivo para tanto disse-me-disse...
Eis a íntegra do comentário onde Macedo fala sobre a dúvida de Garibaldi...ser contra ou a favor do PMDB:
E GARIBALDI ESTÁ CONTRA OU A FAVOR DO PMDB?
O Senador Garibaldi Alves Filho está começando a viver uma dúvida, que, aos poucos, vai se tornando cada vez maior: ficar a favor ou contra o seu próprio partido, o PMDB. Ou, pelo menos, grande parte do PMDB.
A vida política de Garibaldi foi toda construída no PMDB, lá estando desde 1970, quando disputou a primeira eleição para Deputado Estadual, sendo eleito.
Depois Garibaldi foi reeleito deputado mais três vezes, em 74, 78 e 82. Em todas elas, Garibaldi cruzou o caminho da oposição e foi alicerçando a sua estrada de campeão de votos.
Em 1985, o PMDB fez de Garibaldi o seu candidato a Prefeito de Natal, e ele, seguindo a sua tradição, foi vitorioso, derrotando a profa e ex-secretária de estado, Wilma de Faria.
Na prefeitura, Garibaldi passou só três anos, em função da legislação da época e não pôde ser candidato à reeleição. Fez uma administração que não conseguiu eleger o seu sucessor, apesar de toda a luta do PMDB para fazer do Deputado Federal Henrique Alves o prefeito de Natal. Naquela época o PMDB estava forte no governo federal e comandava o governo estadual através do governador Geraldo Melo. Foi uma campanha onde Henrique representava os três níveis de governo e Wilma de Faria representava tudo o que era oposição. Wilma venceu e sucedeu a Garibaldi na prefeitura.
Em 1990, Garibaldi convenceu o PMDB de que seria melhor candidato do que qualquer outro membro do partido, inclusive o ex-ministro Aluízio Alves. Garibaldi parecia estar certo, afinal venceu a eleição derrotando o então senador Carlos Alberto.
Em 94, Garibaldi, desfrutando da cômoda situação de disputar uma eleição estando no meio do mandato de senador, vem concorrer ao governo do estado e vence a eleição no primeiro turno.
Já em 98, apoiado pela venda da Cosern, Garibaldi disputa a reeleição e ganha mais uma vez. Derrotou a todos os concorrentes no primeiro turno, mas sentiu o cheiro do segundo turno, atrasando, inclusive as comemorações da vitória do senador Fernando Bezerra, que ficou aguardando a definição do governo para ir às ruas festejar conjuntamente com o seu grande eleitor.
Depois de governar o estado por quase 8 anos, Garibaldi se lança candidato mais uma vez ao senado, e, sem nenhuma grande novidade, vence, de novo. Retorna ao senado confirmando sua trajetória de campeão de votos.
Empolgado por essa série ininterrupta de vitórias, Garibaldi resolve disputar novamente o Governo do Estado, em 2006. Dessa vez enfrentando a governadora Wilma de Faria. O PMDB e boa parte dos analistas políticos jamais imaginaram que, naquela eleição, Garibaldi perderia a invencibilidade e deixaria com a Governadora Wilma de Faria o troféu de ser o único político do Rio Grande do Norte a derrotar Garibaldi. Wilma venceu Garibaldi duas vezes. No primeiro e no segundo turno.
Mas isso não tirou de Garibaldi a merecida fama de grande vencedor, afinal, em 10 eleições, somente uma não atingiu a vitória. É um belo saldo político eleitoral.
Está agora Garibaldi encerrando o seu segundo mandato de senador da república e começando a viver os momentos de reflexão e análise para um retorno às ruas como candidato em 2010.
A que cargo Garibaldi vai ser candidato? Essa é uma pergunta que ele já respondeu várias vezes, mas parece que ainda não convenceu muitos dos seus partidários e muito menos dos seus eleitores.
A derrota de Garibaldi em 2006 não foi digerida completamente pelos seus seguidores. Uns não a aceitam pelo fato de terem construído nas mentes e nos corações a certeza da invencibilidade do seu político preferido. Outros não a entendem, dado que Garibaldi vencia em todas as pesquisas antes da campanha eleitoral e não vêm como aceitar que a campanha tenha mudado o quadro e dado a Wilma de Faria o direito de vencer alguém que parecia invencível.
E nenhum desses grupos está errado. Garibaldi perdeu a eleição, perdeu a invencibilidade, mas não perdeu o carisma, o apoio, o seu jeito manso de fazer política e a sua força eleitoral.
Muitos dos seus seguidores gostariam de ver Garibaldi governando mais uma vez. Se desejam saber se eu estou falando uma verdade, que façam uma pesquisa e a divulguem.
Muitos dos seus aliados sonham com o seu retorno ao governo para completar obras e ações e para reviver o prestígio do seu partido, o PMDB.
Por falar em PMDB, o que pensam os seus membros?
Será que não querem Garibaldi de volta ao Governo?
Será que não querem Garibaldi vencendo, mais uma vez, a eleição de governador, até para esquecerem o trauma de 2006?
Quem, no seu partido, não desejaria esse retorno de Garibaldi e do PMDB ao governo do estado? O deputado Henrique Alves? Não acredito. Você aí acredita?
Os deputados estaduais do partido? Também não acredito.
Os prefeitos do PMDB? Só acredita quem vive fora da realidade.
Os ex-prefeitos e demais lideranças municipais do PMDB? Não deve ser.
Os parentes e ex-prefeitos Agnelo Alves e Carlos Eduardo Alves? Também não acredito que sejam contra, achando mesmo que seriam francamente a favor.
E o Presidente Lula, será que ficaria contra a candidatura de Garibaldi a governador? Acho que não, afinal Lula diz que o PMDB é um partido aliado de verdade.
O PT do RN seria contra? Claro que não, afinal o PMDB apoiou a candidatura do PT na última eleição de prefeito de Natal e o partido do presidente defende a manutenção da aliança.
A Governadora Wilma seria contra? Não acredito.
E então, quem seria contra Os partidos aliados do presidente? Pode ser, mas não acredito.
Então, finalmente, quem seria contra a volta de Garibaldi como candidato a Governador? Até agora, só se for o próprio Garibaldi.
Ou será que teria mais alguém? Só se for contra o PMDB.