10 de outubro de 2010 às 13:18
Secretariado formado por apoiadores trará desgastes à governadora eleita Rosalba Ciarlini
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O Diário de Natal publica hoje entrevista da governadora eleita Rosalba Ciarlini, concedida antes dela viajar para a Alemanha, onde descansa da retumba da campanha, na casa da filha Carla. E aproveita para conhecer o neto mais novo, que nasceu no dia 2 de agosto, em plena efervescência da disputa eleitoral.
Ao Diário, Rosalba falou muito, mas respondeu pouco. Mudou o tom.
As promessas de campanha sequer foram citadas. Construção de hospitais, UPAS, etc, etc, etc, foram trocados por "vamos analisar, vamos saber, ainda não sabemos".
A governadora eleita disse que não tem nenhuma informação sobre o Estado: convênios, contratos, repasses, caixa, funcionalismo, cargos comissionados...tudo ainda é um mistério para ela, que espera do governador Iberê Ferreira, receber tudo, detalhadamente.
Para isso, Rosalba vai ter que contar com uma equipe de transição. Coisa que ainda não tem, segundo a própria na entrevista ao DN.
Também não existe secretário na ponta da agulha esperando assumir.
Mas ela deixou claro que vai usar a "capacidade" como critério na hora de escolher os nomes.
Bom seria mesmo que isso acontecesse, para evitar desgastes de começo de administração, onde os governantes são obrigados a pagar uma conta alta da campanha, e empregam em cargos técnicos, políticos ou indicados de políticos.
E é daí que começa o estrago.
Rosalba vai ter que pesar e medir várias vezes antes de agradecer às muitas adesões. Vai ter que deixar muito novo aliado com raiva. Se é que ela quer "fazer acontecer", como diz seu slogan de campanha.
O ti-ti-ti em torno de secretários ainda não começou. O que prova que a candidata não trocou votos por cargos...
E é isso o que o Estado espera: que o governo se instale em primeiro de janeiro do próximo ano, com cada um no seu quadrado. Para poder "fazer acontecer".