02/11/2010
Rosalba muda discurso e explica como políticos participarão de seu governo
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Voltando de Caicó, a governadora eleita Rosalba Ciarlini deu entrevista à Rádio Cabugi do Seridó.
A entrevista vai ao ar amanhã, às 11h30, no Jornal da Cabugi, produzido por Paulo Mello.
O Blog adianta trechos da entrevista que ela concedeu ao repórter José Wilson, e onde Rosalba muda um pouco o foco da declaração que deu à imprensa natalense, onde afirmou que seu secretariado será composto apenas por técnicos...sem espaço para políticos.
Rosalba deu a declaração em Natal para descartar a possível indicação do deputado Felipe Maia para uma Secretaria.
Mas, pelo que ela disse em Jardim do Seridó, Felipe pode até estar fora...mas um outro político vai estar dentro.
Eis os melhores trechos da entrevista:
Rádio Cabugi – Antes mesmo de conhecer a situação real do Governo em termos de deficiências administrativas e situação financeira, a senhora pediu aos norte-rio-grandenses força, compreensão e solidariedade no início da sua administração. Essa antecipação deste apelo retrata a caótica situação em que se encontra o governo que a senhora assumirá em janeiro?
Rosalba Ciarlini – As informações que estão chegando ditas pelo próprio governador Iberê Ferreira são de que o Governo do Estado está realmente numa situação muito difícil. A ex-governadora Wilma de Faria também deu umas declarações dizendo que eu vou governar em tempos de crise. Então o que é que eu posso deduzir? Se eles próprios estão dizendo, significa que a situação é realmente precária. Nós estamos vendo a situação. Por onde passamos, em cada cidade, nós estamos vendo ações que estão paralisadas, como é o caso de Farmácias Populares que estão paradas, produtores de leite cobrando que já estão com cinco parcelas sem receber, Restaurantes Populares que estão pra fechar. O de Currais Novos, por exemplo, se não fosse o prefeito estaria fechado. As situações das escolas estaduais. É o funcionário também cobrando alguns direitos que não chegaram até agora, além dos grandes débitos que existem. É uma situação muito difícil. Eu tenho que ser muito franca com a população. Eu vou ter que começar fazendo ações de organizar a casa e com certeza nós teremos que tomar medidas muito severas para podermos colocar as finanças em ordem e assim poder fazer muito na saúde, no social, na educação, na segurança e na geração de oportunidades.
Cabugi – O governador Iberê Ferreira de Souza tem dito à imprensa que fará uma oposição construtiva e responsável a partir de janeiro. Qual a avaliação que a senhora faz desta disposição do governador?
Rosalba – Tomara que seja realmente essa oposição construtiva e que seja essa oposição que possa auxiliar, até porque, com a experiência de quem já foi sete vezes deputado e que passou agora pelo governo, ele tem uma visão do que é governar. Eu espero que possa realmente fazer essa oposição construtiva, porque eu vou ter que corrigir tudo que o governo não está dando resposta. Espero contar com todos.
Cabugi – A senhora tem dito que o principal critério para escolha do seu secretariado será a avaliação técnica de cada indicado ou escolhido. Onde entra a avaliação política?
Rosalba – A avaliação será da seguinte forma: quero ter ao meu lado pessoas que tenham disponibilidade, conhecimento da área que vão trabalhar e competência. Isso não significa dizer que ele não tenha nenhuma ligação política. Poderá ter e espero que tenha sensibilidade política para poder me ajudar com as ações que são mais importantes para o povo.
Cabugi – A senhora já definiu algum nome para equipe de transição que a senhora declarou que faria após o segundo turno?
Rosalba – Ninguém confirmado. Nós ainda não confirmamos nem a equipe de transição. Antes do dia 15 nós estaremos apresentando a comissão, será uma comissão pequena, estritamente técnica e voltada para pessoas que tem conhecimento administrativo e financeiro. Depois de conhecer a real situação é que vou ter condição de saber que tipo de pessoas nós vamos precisar para administrar. O secretariado vai sair quando for anunciada a posse.
Cabugi – Existem vários nomes lembrados pela imprensa para o seu secretariado. Demétrio Torres para o DER e o nome do empresário e técnico Bira Rocha para a área financeira, até porque ele teria colaborado com o seu plano de Governo. Esses exemplos de especulação têm algum fundamento?
Rosalba – Nada tem fundamento, não passam de especulações. Nenhum nome foi convidado ainda para o meu secretariado, embora que eu admita que Demétrio Torres e Bira Rocha são pessoas de bem, competentes e homens realmente que têm serviços prestados ao nosso Estado, mas nada definido, são apenas especulações. Pelo meu Governo quero dizer bem claro: quem fala sou eu. Nenhum outro. Por mais que seja amigo, por mais próximo que esteja falará em meu nome.
Cabugi – Qual a sua expectativa quanto ao relacionamento do seu Governo com o Governo Dilma Rousseff?
Rosalba – A minha expectativa é de que eu possa ter um bom relacionamento. Eu tenho certeza de que iremos todos, tanto ela como presidente e eu como governadora, vamos com a responsabilidade que nós temos e com o compromisso de mulher fazer com que possamos provar que o nosso trabalho vai dar resultado.