Prefeitura e Braseco fecham acordo e revelam: natalense paga pelo lixo de Parnamirim

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O diretor da Urbana, Bosco Afonso, o secretário de Planejamento, Antônio Luna, reunidos com Henrique Muniz e Marcos Gurgel, representantes da empresa Braseco, responsável pelo destino do lixo produzido em Natal, e que reclama ter contas a receber do Município, fecharam um acordo ontem e decidiram, finalmente, limpar a capital e desativar o lixão que já havia se instalado, com direito a catadores e tudo mais, no bairro de Cidade Nova.
Mas, uma revelação de Henrique Muniz, representante da Braseco, deixou o diretor da Urbana, Bosco Afonso, de cabelo em pé.
Das toneladas de lixo de Natal que estavam indo para o aterro, mas ficando paradas no lixão, 150 toneladas mensais vinham do município de Parnamirim.
Mas tudo muito legal, tudo dentro da lei, tudo muito bacana não tivesse aí, em detrimento do povo de Natal, que reclama da sujeira, um belo acordo de pai pra filho.
Aliás, um acordo de filho pra pai.

Explico: na gestão do prefeito Carlos Eduardo, ele fechou com a Braseco que a cidade vizinha de Parnamirim, administrada pelo seu pai, Agnelo Alves, iria mandar o lixo de lá para a lixeira de cá.
E por um precinho camarada, Natal ficou juntando o lixo de Parnamirim debaixo do tapete.
A preço de hoje, o acordo fechado na administração passada funciona assim:
A Prefeitura de Natal paga uma média de 800 mil reais por mês...e a de Parnamirim entra com 30 mil por mês.
Isso para mandar 150 toneladas mensais.
É, ou não é, um acordo de pai pra filho? Mas para ser pago de filho pra pai?

Com o acordo fechado ontem, só restaram duas coisas: a Prefeitura retirar o lixão e limpar a cidade...e a prefeita Micarla de Sousa sentar com o prefeito Maurício Marques para...ou acabar com esse pagamento de meia entrada para o lixo de Parnamirim, ou pedir que o prefeito vizinho arranje outro lixão para depositar os seus dejetos.