08/09/2011
Aqui e alhures, políticos caem nas armadilhas criadas por eles próprios
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Do site www.politicaparapoliticos.com.br O ABUSO DO MARKETING GEORGE W. BUSH ACABOU CAINDO NA ARMADILHA QUE ELE MESMO MONTOU Já foi dito neste site que o político deve sempre acautelar-se para não desrespeitar o Primeiro Princípio do Circo: “Qualquer descuido é fatal ao artista” Em 1º de maio de 2003, George W. Bush desceu num caça a jato no porta aviões Lincoln, trajado de "top gun", para fazer um discurso sobre o "fim" da Guerra do iraque De maneira especial, deve estar atento às peças publicitárias gravadas, pois elas sobrevivem ao tempo em que foram usadas e, se produzidas em torno de uma questão de grande importância e em evolução, podem mais tarde voltar-se contra quem as produziu. A peça publicitária de Dukakis (candidato democrata contra George Bush (pai) em 1988) na qual ele aparecia dirigindo um tanque militar, foi uma catástrofe contra a sua candidatura. Na ânsia por uma photo op Dukakis deixou-se filmar dirigindo um tanque de guerra. Conseguiu sua photo op , mas entregou à campanha de Bush a oportunidade de explorar o insólito do seu comportamento, tratado como ridículo na peça publicitária de Bush. Bush, na sua propaganda, mostrava um Dukakis abobalhado, sorrindo dentro do tanque, enquanto o locutor informava aos eleitores que ele sistematicamente se opunha aos sistemas de defesa da nação que o governo propunha, a indicar a falsidade da propaganda de Dukakis. Desejando contestar a acusação de que ele não era qualificado para dirigir os EUA numa guerra, os assessores de Dukakis cometeram o erro fatal de colocar o candidato dirigindo o tanque. Ora, um tanque é uma arma usada para matar. Não se compreende então que um candidato a presidente sorria dentro do mesmo, como se fosse um brinquedo... A cena evidenciava um comportamento inconsequente, e, ao contrário do objetivo que se buscava com a peça, ela reforçou ainda mais a imagem de despreparado de Dukakis. No mundo da política, uma imagem pode ser mais forte que uma centena de discursos. Por isso a tentativa de produzir uma imagem forte com o uso do tanque; por isso o prejuízo por ela produzido. A imagem era forte em qualquer hipótese, tanto para promover como para abalar a candidatura. Este erro tornou-se antológico. Hoje, passados 20 anos é fácil apontá-lo e criticá-lo. No calor de uma campanha eleitoral erros como este ocorrem, mesmo em campanhas do mais elevado profissionalismo, como é o caso das campanhas presidenciais americanas. Bush filho, presidente dos EUA recém substituído por Barack Obama, caíu na mesma armadilha de Dukakis, tão bem explorada por seu pai em 88. Em 1º de maio de 2003, Bush desceu num caça a jato no porta aviões Lincoln, trajado de top gun, e mais tarde fez o que veio a ser considerado como o amaldiçoado discurso, em que anunciou o fim da Guerra do Iraque. Do Blog - Nada mais parecido com a nossa política. Basta dar uma pesquisada no YouTube para encontrar os aliados de hoje chamando de ladrão os adversários de ontem, e vice-versa. É só buscar os filminhos com os discursos inflamados de José Agripino, Garibaldi Filho, Wilma de Faria, Fátima Bezerra, Henrique Alves, Rosalba Ciarlini, Sandra Rosado....e por aí vai. Todos vítimas das próprias armadilhas. Criadas por seus marqueteiros e recitadas por eles.