20/09/2011
Gilson Moura fala pela primeira vez após prisão do ex-presidente do Ipem, Richardson Macedo
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Uma semana depois da prisão do ex-presidente do Ipem, Richardson Macedo, seu indicado político no governo Wilma, o deputado Gilson Moura (PV) reapareceu na Assembleia Legislativa. E chegando à Casa para a primeira sessão matutina, ele deu entrevista ao Blog. Thaisa Galvão - Você estava desaparecido? Gilson Moura - Não. Eu apenas não frequentei as sessões de terça, quarta e quinta. Meu mandato de deputado continuou normalmente. Thaisa Galvão - O que você diz sobre a prisão de Richardson? Gilson Moura - Eu lamento o fato. Respeito o papel institucional do Ministério Público. Os fatos já estão judicializados e agora é esperar que ele possa apresentar sua defesa, vez que todo mundo tem direito ao contraditório. Thaisa Galvão - Você acha que ele fez algo errado? Gilson Moura - O processo é que vai dizer. Ele vai ter oportunidade de se defender. Não se pode prejulgar e não seria eu a pessoa, principalmente pela proximidade que sempre tive com ele. Thaisa Galvão - Foi você quem indicou Richsrdson para o governo Wilma. Gilson Moura - Indiquei como em todo processo democrático. O currículo dele foi analisado pelo governo e ele foi nomeado. Não havia nada que desabonasse a conduta dele. Tanto que ele pediu para sair. Thaisa Galvão - Mas a ex-governadora Wilma de Faria disse que foi ela quem exonerou ao saber das denúncias. Gilson Moura - Consta na exoneração que foi a pedido. Thaisa Galvão - Mas toda exoneração é assim: 'a pedido', mesmo que não seja. Gilson Moura - Eu não sei. Thaisa Galvão - Ele fez doações para sua campanha? Gilson Moura - Fez doação legal. O valor eu não me recordo, masnão chegou a 7 mil reais. Thaisa Galvão - Fora essa doação, não teve outra por fora? Gilson Moura - De maneira nenhuma. Tudo foi contabilizado, julgado e aprovado. Thaisa Galvão - Mas o que foi julgado foi o valor declarado. Você reafirma que não houve nenhuma doação por fora? Gilson Moura - Não, de maneira nenhuma. Thaisa Galvão - Vocês romperam há cerca de um ano? Gilson Moura - Ele foi cuidar das atividades comerciais dele e da família. Thaisa Galvão - Você teme ser atingido? Gilson Moura - Não, de maneira nenhuma. Continuo no meu mandato de deputado, confiando na Justiça com respeito ao Ministério Público. Mas tem que assegurar a qualquer cidadão a presunção da inocência e a ampla defesa estabelecida pelo contraditório. Thaisa Galvão - Você teme que o caso estremeça sua candidatura a prefeito de Parnamirim? Gilson Moura - Meus adversários políticos estão rindo da situação. No momento certo, na altura do debate nós vamos explicar. O próprio Maurívio Marques já teve o nome envolvido em caso levantado pelo Ministério Públivo. Thaisa Galvão - Você acha que ele tinha condição de construir o patrimônio que construiu? Gilson Moura - Quem tem que responder é a Justiça. Thaisa Galvão - Durante a semana que você faltou às sessões da Assembleia, você permaneceu em Natal? Gilson Moura - Estava. Fazendo, inclusive, algumas articulações políticas.