26/09/2011
Assessor do Walfredo Gurgel confirma problemas da UTI, mas diz que documento ainda não chegou à diretoria
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Assessor da direção geral do Hospital Walfredo Gurgel, o médico-advogado Inamar Torres envia e-mail comentando sobre o documento elaborado por servidores da UTI da unidade, denunciando a deficiência de equipamentos e estrutura para atendimento público. Segundo Inamar, o texto não chegou à direção do hospital, como anunciado, e o que foi apurado até agora foi que um servidor "surrupiou"" o texto que estava sendo elaborado para enviar ao Blog. Pois bem. Bom que a direção do Walfredo Gurgel não fique focado em descobrir quem foi que passou o documento para a imprensa e se preocupe em resolver os problemas contidos no documento, não desmentidos pelo médico Inamar. Então...se em vez de melhorar o atendimento na UTI, o hospital for tentar descobrir quem mandou o documento para o Blog...a UTI continuará com os mesmos problemas de sempre. Problemas que foram enumerados pelos funcionários, e confirmados pelo assessor da diretoria. Eis a carta de Inamar Torres: Cara Jornalista Thaisa Galvão. Tal como solicitado fomos pela Direção Geral e pela Direção Técnica, apontamos os seguintes fatos, abaixo descritos, sobre o que consta como publicado neste blog, na última sexta-feira, 23, a respeito da UTI do Walfredo, pelo que rogamos seja publicado. Apuramos que, no último dia seis (6) do corrente, foi constituído, em reunião dos setores diversos junto com a Direção Técnica, um Comitê Gestor Consultivo preparatório aos procedimentos de “contratualização” para que o Walfredo possa, junto ao Ministério da Saúde e por meio da SESAP, habilitar-se ao aumento do recebimento de verbas, por meio do TCEP – Termo de Contrato entre Entes Públicos. Por oportuno, a criação do Comitê supra faz parte das providências exigidas pelo MS, para que, num Workshop a ser agendado pelo NEP – Núcleo de Educação Permanente deste Hospital, nele sejam apontadas as deficiências mais gritantes e imediatas deste Complexo Hospitalar. Também se tenta levantar as necessidades que possam ser alvo do empréstimo em curso, na Assembléia Legislativa, tal como se discutiu em Audiência Pública do último dia 14 do corrente, sem falar na projeção do aumento da demanda deste hospital, por conta do aumento populacional, dos acidentes de trânsito e da criminalidade, tudo isto sem falar no aumento do fluxo de turistas, inclusive para a futura Copa do Mundo. Afinal, em 2000, com uma população estadual de 2.700.000, o Walfredo tinha 250 leitos, os quais permanecem inalterados, apesar de já contarmos com 3.200.000 – 500 mil habitantes a mais. Deste modo, além dos demais setores, foram solicitadas, também da UTI, tais informações contidas no texto publicado em vosso blog, as quais esperávamos fossem protocoladas junto com as necessidades de material permanente tal como equipamentos. Contudo, sobre o documento conter necessidades atuais, urgentes e inadiáveis, tanto o Diretor Geral quanto nenhum dos demais membros da Direção – nem mesmo algum dos auxiliares ou assessores – recebeu, até a data de hoje, qualquer documento reivindicatório ou qualquer tipo outro de comunicado sobre quaisquer das eventuais deficiências apontadas no texto em destaque. Apuramos sim, que um grupo de servidores da enfermagem encontrava-se, no decorrer da semana passada, passando aquele texto de turma em turma (de plantão), para consolidar todas e quaisquer eventuais necessidades e deficiências imediatas, para somente a partir de hoje entregarem tanto à Direção de Enfermagem quanto à Direção Geral – o que ainda não foi efetivado. A demora deles, segundo soubemos, dever-se-ia ao fato da necessidade de que cada turma pudesse lembrar ou aventar algo mais, para que a lista ficasse o mais completa possível – para tanto, teria sido afixada no quadro de avisos (mural) da UTI, para que cada um pudesse lembrar e anotar o que entendesse como adicionalmente apropriado. Tão logo se soube da veiculação neste blog, a Direção Geral, sentindo-se cobrada, inicialmente passou a verificar se e quando o texto teria sido protocolado a si destinado – talvez em forma de documento tal como “Memorando”, forma tradicional de comunicação interna neste serviço público – para ver se teria havido falha sua. Encarregado pela Direção de levantar a existência de tal texto em forma de documento – e a eventualidade de sua remessa a quem tem obrigação de lhe dar solução – também indagamos da Coordenação e de demais servidores da UTI, assim como pusemos os olhos no livro de ocorrência, mas nada há lá, a não ser, no verso da folha do dia 19, que foi “realizado um documento a Direção colocando a situação crítica da UTI Geral” (sic), mas desacompanhada da mencionada lista. Soubemos também que o referido texto, em vez de ter sido entregue à Direção, teria sido propositadamente extraviado (ou sido surrupiado) do mural, por um servidor técnico de enfermagem, cujo nome está sendo aferido, o qual, à revelia dos demais membros do grupo que estaria à frente da elaboração do documento, em vez disto lhe deu a divulgação precoce e dissociada da obrigatória destinação (oficialmente, comunicar à Direção, cuja obrigação de sanar as falhas só pode ser cumprida quando oficialmente souber do que esteja ocorrendo). Contudo, apesar da demora em chegarem as notícias sobre as falhas e deficiências, que o ato do servidor em comento lhe causou, a Direção Geral, juntamente com a de Enfermagem, já se puseram a apurar tais necessidades, para tentar lhes sanar, o mais breve possível. Soube-se também que o servidor em comento teria se utilizado da publicação em comento para tentar travar batalhas virtuais, via twiter, com um ocupante de cargo de destaque na Secretaria de Saúde do Estado (SESAP), cujo conteúdo desconhecemos e, segundo se comenta, teria se tratado de discussão pessoal – mas sujeito à apuração oficial, por se tratar de uso indevido de documento administrativo e público para objetivo ou intento pessoal e privado, ainda mais para, eventualmente, insultar um superior hierárquico. Contudo, além da apuração que seguir-se-á, sobre o extravio e uso indevido do documento, sobre os eventuais transtornos pelo atraso em comunicar à Direção, além da quebra de confiança com os companheiros de encargo funcional e eventual violação de dever de conduta com as obrigações institucionais, que as atitudes do servidor em comento possam ter causado, todas as demais denúncias que nos cheguem, serão igualmente apuradas, inclusive da autoridade em comento. Tudo isto, jamais sem deixar de atender às necessidades dos pacientes – do público – razão única e maior de nossa existência! Ao final, agradecemos pela veiculação, a qual, mesmo que nos tenha causado susto e apreensão – pelo fato de aquele texto ainda não nos ter sido, nem mesmo oficiosamente, remetido –, nos alertou para a eventual existência de deficiências outras, noutros setores, que, tendo tido sua comunicação a quem de direito postergado, possam trazer prejuízos ao público, razão primordial do funcionamento desta instituição. Atenciosamente, agradecemos. Inamar Torres. Assessor Técnico em Deontologia e Direito Médico da Direção Geral Presidente da Comissão Permanente de Sindicância - CPS do Walfredo Gurgel Matrícula n.º 91.748-6