29/11/2011
Vereadora Júlia Arruda diz que mudanças de secretários pode ter provocado duplicação de contratos
[0] Comentários | Deixe seu comentário.A CEI dos Contratos, que investiga contratos firmados pela Prefeitura de Natal, ouviu nesta segunda-feira mais 3 auxiliares da prefeita Micarla de Sousa e um consultor contratado pelo Município. Questionados hoje, além do contrato sem licitação com o consultor Henry Cherkezian e o o convênio com a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar (FUNDEP), nos valores respectivos de R$ 65 mil e R$ 179.233,57 mil. Ex-titular da Administração, Roberto Lima, atualmente na Funcarte, falou sobre o contrato com a empresa Consist Software Ltda para aquisição do Sistema de Gestão de Recursos Humanos, no valor de R$ 1,7 milhão. Para Roberto, o valor da aquisição do sistema foi coerente com os valores de mercado, e justificou que com a aquisição a Prefeitura economizasse os valores pagos com a utilização de programas especializados no gerenciamento de folha de pagamento. “Antes nós tínhamos que pagar a cada vez que utilizávamos o programa. Depois que adquirimos a sua licença de uso, esse tipo de gasto acabou”, disse o auxiliar da Prefeitura, questionado pela vereadora sobre denúncias contra a empresa em São Paulo. Roberto Lima justificou que o contrato foi firmado antes das denúncias. Ex-titular da Secretaria de Habitação, Diana Motta foi ouivida pela CEI e justificou o contrato com o consultor Henry Cherkezian, especialista em Programas Habitacionais e de Desenvolvimento Urbano. “Tivemos um grande ganho com os serviços técnicos prestados por Henry Cherkezian, um dos consultores mais prestigiados do Brasil. Seus serviços auxiliaram Natal a desenvolver um dos melhores sistemas de cadastro de inscritos para o Minha Casa, Minha Vida e, além disso, serviram para capacitar os servidores da própria Secretaria, por meio de seminários e workshops”, disse Diana, revelando que a Prefeitura ainda não pagou ao consultor. Diana disse à Comissão que o contrato questionado entre Prefeitura e FUNDEP, no valor de R$ 179.233,57 mil, não foi assinado por ela. E o consultor Henry Cherkezian foi ouvido também. “Conseguimos a renovação dos recursos junto à Caixa Econômica e a capacitação da equipe. Minha consultoria não foi voltada para um projeto específico de habitação, mas sim para toda Secretaria. O trabalho foi realizado em partes. Nós realizamos um módulo voltado para o cadastramento. O principal já foi feito”, disse Cherkezian, reafirmando que não recebeu pelos serviços. O último a depor nesta segunda-feira foi o ex-secretário de Obras, Dâmocles Trinta, que explicou sobre o contrato de R$ 7 milhões com o Consórcio EBEI-MWH (São Paulo) para elaboração dos projetos de mobilidade urbana da capital. “Quando respondia pela SEMOPI o contrato estava sendo executado e a sua realização é necessário para a execução das obras de grande porte de mobilidade urbana”, declarou. Presidente da CEI, a vereadora Júlia Arruda disse ter encontrado uma explicação para a duplicidade de alguns contratos: a mudança constante de secretários na gestão municipal. -Com informações da assessoria da vereadora Júlia Arruda, presidente da CEI.