23/12/2011
Em nota, Adriana Trindade diz que antes de cancelar contrato com Ducal, pediu orientação ao Ministério Público
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Ex-secretária municipal de Educação, mas ocupante do cargo de coordenadora administrativa da pasta quando a Prefeitura de Natal assinou contrato de aluguel com o Novotel Ladeira do Sol para abrigar as Secretarias de Saúde e Educação, Adriana Trindade divulgou nota de esclarecimento nesta quinta-feira. Ela rebateu declarações de Ronaldo Amorim, responsável pelo Hotel Ducal, que antes abrigava as duas pastas do Município. Depois de ouvida na CEI dos Contratos, Adriana foi desmentida por Ronaldo. Adriana divulga nota garantindo que falou a verdade em seu depoimento: Eis a nota: ESCLARECIMENTO Venho, em decorrência de noticiário envolvendo meu nome no decorrer da CEI dos Contratos promovida pela Câmara Municipal do Natal, prestar os seguintes esclarecimentos a bem da verdade e em defesa de minha honra: 1 – Em 25 anos de atuação no serviço público, sempre pautei minha conduta pela ética, respeito e transparência, prezando pelo trabalho em equipe. Daí porque, ao longo desse tempo, construí laços de amizade por onde passei. 2 – Noticiário baseado em depoimentos na CEI dos Contratos sugere que eu extrapolava os limites de minha função na Secretaria Municipal de Educação. Não é verdade. Na qualidade de Coordenadora Administrativa, cargo que ocupei entre março de 2009 a março de 2011 , em momento algum trabalhei sozinha. 3 – Objetivamente: Quanto às declarações prestadas pelo senhor Ronaldo Amorim, proprietário do Edifício Ducal, devo dizer que elas não correspondem à verdade. Nunca deixei de recebê-lo, nas vezes em que ele esteve na SME. Em relação ao contrato de locação do Ducal, o senhor Ronaldo Amorim condicionou a sua renovação à inclusão de reajuste no valor do aluguel. Ocorre que o IGPM, índice referência do referido contrato, foi negativo na aquela ocasião. Portanto, qualquer reajuste seria ilegal, conforme entendimento da Assessoria Jurídica da SME. Durante alguns dos contatos que mantive com o senhor Ronaldo Amorim, ele chegou a mencionar que a continuidade da SME no Ducal era prerrogativa da INPELE (razão social dos proprietários do Edifício Ducal) e que havia um grupo interessado em ocupar o prédio. 4 – Não bastasse o impedimento legal para a renovação do contrato de locação entre a SME e a INPELE, é preciso salientar as precárias condições nas quais o prédio se encontrava. Diariamente, os elevadores estavam quebrados, ocasionando transtornos para servidores e população que procurava atendimento nas secretarias ali instaladas. Diversas matérias jornalísticas divulgadas em veículos locais abordaram este assunto. Para se ter uma ideia, as escadas não tinham sequer luzes de emergência, representando sério risco. Tinha salas mofadas, com janelas quebradas, forro caindo. Tudo documentado por fotos. 4 – Por tudo o que mencionei, motivação não faltou para a saída do Edifício Ducal. Não fosse o Novotel, a SME teria se transferido para outro prédio. 5 – Durante as dificuldades citadas, estive pessoalmente, por diversas vezes, no Ministério Público, acompanhada de auxiliares, para pedir orientações ao Dr. Giovanni Rosado, Promotor de Justiça, sobre que conduta adotar para tentar solucionar os problemas. Tudo dentro da maior clareza e respeito aos senhores promotores. 6 -Trabalhei com determinação e profissionalismo em busca de atender aos anseios dos servidores. Acreditava que um funcionário motivado poderia trabalhar mais estimulado e gerar mais produtividade. Minhas ações tiveram como única e exclusiva motivação alcançar o melhor para educação municipal. 7 – Quanto ao meu desligamento da gestão municipal, se deveu única e exclusivamente por decisão particular, direito meu de escolher meu caminho profissional. Não há motivos para ser questionada como gestora. Tenho um nome a zelar, esse que é meu único e mais valioso patrimônio. Quero e espero continuar a ser respeitada, como sempre fui. Algo importante para minha vida, não só do ponto de vista profissional, mas também, e principalmente, do ponto de vista humano. Natal, 22 de dezembro de 2011 Adriana Trindade