27/02/2012
Emoção se sentir saudade e de fazer chorar
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Domingo de emoções na TV. Fantástico exibe reportagem mostrando pessoas que nunca conheceram os pais, que correm atrás...e às vezes até conseguem.
No twitter, depoimentos de telespectadores admitindo que as lágrimas caíram.
Aí, no facebook, me deparo com um texto do colega jornalista Riccelli Araújo.
Que, claro, conheceu pai e mãe, mas, aquele filho tipo 'fim de rama', perdeu a mãe cedo, há exatos 14 anos.
Dona Raimundinha, de Acari, morreu num 26 de fevereiro, como hoje. Dia do aniversário dela. Hoje faria 82 anos.
E do facebook pesquei o texto de Riccelli, e divido com vocês.
Um domingo de saudades. Um domingo que normalmente seria de comemoração. De um almoço simples em casa com o sabor de um tempero que nunca mais senti o gosto.
Há 14 anos me tornei um moleque triste. Embora tenha ao longo desses anos realizado muitas conquistas.
Há 14 anos, exatamente no dia do aniversário dela, o Senhor de todo o poder, resgatou minha mãe para outro plano. O ciclo foi fechado. Ela partiu em paz. Feliz.
Eu fiquei. E ficou uma saudade que não tem fim. Ficou faltando tanta coisa: a presença na minha formatura – o grande sonho que ela não conseguiu presenciar – e uma foto para guardar de lembrança. A ausência quando comprei meu carro, meu apartamento. Tanta coisa....
Procuro imaginar como estaria ela envelhecendo, de cabelos branquinhos. Vaidosa. Imagino da felicidade de ter presenciado a formatura dos netos, o casamento de Sara, de Úrsula. Imagino do orgulho de ler uma reportagem com minha assinatura, ou me ver na televisão apresentando um telejornal. Tudo isso....
É uma saudade que não tem tamanho. Que se acalenta no decorrer dos dias, dos anos. Mas que faz doer e chorar. E isso, nem o tempo, nem ninguém. Nem mesmo a fé de um encontro um dia, faz esquecer
Riccelli