20/04/2012
Bruno Macedo afirma que cálculos foram feitos pelo TJ
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Ex-procurador-geral da Prefeitura de Natal, o advogado Bruno Macedo, citado no relatório do Tribunal de Contas que fez investigação paralela sobre irregularidades em pagamentos de precatórios, reuniu a imprensa hoje para dar explicações sobre o precatório da Henasa. Segundo o relatório, Bruno teria calculado muito para cima o valor que a Prefeitura teria que pagar. Quando chegou ao auditório do Arituba Park Hotel para a coletiva, Bruno foi adiantando: falaria sobre todo e qualquer assunto abordado pelos jornalistas. Responderia a toda e qualquer pergunta. Munido de documentos, começou a esclarecer pontos que, segundo ele, até agora pareciam 'obscuros' em relação ao pagamento de precatório, pela Prefeitura do Natal, para a empresa Henasa. “Quando assumi o cargo de Procurador, em 2009, recebi um Ofício da Divisão de Precatórios, informando que, por determinação do Conselho Nacional de Justiça, o Tribunal iria começar as audiências de conciliação dos precatórios da Prefeitura Municipal de Natal. O precatório da Henasa era o primeiro na ordem cronológica do TJ desde 2007”, destacou Macedo, que disponibilizou o seu sigilo bancário e telefônico para a justiça. “Quando a Henasa entrou com a liquidação da dívida, foi travada uma batalha judicial, e ao chegar à Procuradoria e tomar conhecimento do processo, fui até São Paulo para falar com os advogados do escritório de Cândido Rangel Dinamarco, contratado em 2001 pela Prefeitura de Natal para cuidar do caso. Lá me orientaram a não recorrer da decisão judicial e buscar um acordo com a Henasa. Na segunda audiência de conciliação consegui reduzir o valor em 50% e parcelar em 10 anos. Não participei do cálculo do precatório, o valor foi estabelecido pelo próprio Tribunal de Justiça". Questionado sobre a nota divulgada pelos procuradores de carreira da Prefeitura, o ex-procurador-geral disse que a provocação do TJ para celebrar acordo foi encaminhada originalmente a um procurador de carreira do Município. Procurador este que, segundo Bruno, não integra mais o quadro da Procuradoria Geral do Município. “Ele poderia ter conduzido o processo, do mesmo jeito que fiz, aos ser provocado", disse Bruno, afirmando que só assinou o acordo por ter se sentido "absolutamene seguro". "Agi de boa fé. Confiei na palavra da defesa contratada para representar a Prefeitura nesse caso”.