17/07/2012
Médicos denunciam surto de bacéria. Microbiologista nega e diz que RN segue padrões mundiais
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O governo do Estado começou a terça-feira buscando respostas para a denúncia do médico plantonista do Hospital Ruy Pereira, Pedro Raimundo Souza feita ao portal Uol. Ele declarou que e foram registradas duas mortes de pacientes na unidade, por infecção de superbactérias que estariam atacando os pacientes por causa das "condições precárias do hospital”. Segundo o médico, duas superbactérias estão contaminando vários pacientes do hospital: a acinetobacter e a pseudomonas. E o que é pior: não há antibióticos para combater as infecções. “Quando fazemos o teste e é apontada uma superbactéria nós fazemos o isolamento do paciente em uma enfermaria. Mas acontece que, devido à insuficiência de equipamentos e instrumentos, que são compartilhados com todos os pacientes, a bactéria sai passando de um para o outro”, disse o médico ao Uol. Também plantonista do Ruy Pereira, atuando na UTI, o médico Luciano de Morais Silva criticou a estrutura precária da UTI e declarou à reportagem que o filho de um paciente disse que o pai pegou uma bactéria no hospital. “Ele tem úlcera e foi internado. Depois, foi diagnosticado com infecção. Fizeram exame e foi detectado um tipo de superbactéria, e ele agora pegou outra aqui, nesse hospital”, afirmou Luciano. * Microbiologista e atuando na Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Juliana Araújo disse agora ao Blog que "não existe surto no hospital". Para ela, há surto quando se foge do padrão esperado, e o Ruy Pereira segue o padrão mundial que considera dentro da normalidade, índices de 3 a 6% de infecções hospitalares. "As bactérias citadas são oportunistas, são do ambiente e podem causar infecções hospitalares hospitalar. Os pacientes que estão internados já perdem barreiras de proteção, tanto através do soro, de um catéter", explicou Juliana, afirmando que as bactérias muitas vezes são sensíveis aos antibióticos, mas outras são resistentes. "É pra isso que existem as comissões de controle nos hospitais; para seguir a referência mundial. Infelizmente existem as bactérias de ambientes que convivem com pacientes internados, mas quero adiantar uma coisa: não há surto e nem estamos fora dos padrões mundiais", declarou Juliana Araújo.