22/01/2013
Henrique minimiza denúncias e afirma que campanha está "cada vez melhor"
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Da Folha Online na noite desta segunda-feira: Henrique Alves diz que campanha na Câmara está 'cada vez melhor' MÁRCIO FALCÃO DE BRASÍLIA Principal candidato à presidência da Câmara, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), minimizou nesta segunda-feira as acusações de irregularidades no uso de sua verba parlamentar e disse que "está tudo muito bem" e que sua "campanha está cada vez melhor". O peemedebista afirmou que não há nenhuma irregularidade no uso de recursos destinados via emendas parlamentares e que não se sente acusado de nada. A Folha revelou que, por meio das emendas parlamentares, verbas indicadas pelo próprio Henrique Alves foram repassadas a uma empresa que tinha como sócio Aluízio Dutra de Almeida, seu então assessor. Dutra deixou o cargo após a reportagem. Além de emendas parlamentares, a empresa recebeu dinheiro do Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra as Secas), controlado por Alves. Auditoria da Controladoria-Geral da União aponta desvios nos contratos, o que todos negam. "A campanha esta cada vez melhor", disse após deixar seu gabinete em Brasília e disparar telefonemas a colegas pedindo votos. O líder afirmou que essa avaliação foi feita durante encontro com o vice-presidente Michel Temer durante almoço. "Não são acusações, considero questionamentos e que foram esclarecidos", completou. Alves disse não acreditar que as suspeitas sejam lançadas por um racha interno no PMDB para a disputa pela liderança da legenda que conta com três candidatos. "Não dou a nenhum parlamentar esse comportamento negativo. Faz parte do clima eleitoral que tem essas questões. Acho que faz parte do jogo e é nosso dever responder, esclarecer. Temos que estudar pautas importantes para esse ano. Esta tudo muito bem", afirmou. NOVO APOIO No final da tarde, o peemedebista ganhou o apoio do deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) que anunciou sua saída da disputa pelo comando da Câmara. Sem apoio da direção do PR, Fonseca justificou que é avesso a uma campanha que ocorre em meio ao recesso parlamentar e se coloca a disposição para "cerrar fileiras na jornada eleitoral que escolherá a experiência política como critério para o comando da Casa". Alves comemorou a adesão. "Acho que é uma coisa importante porque mantém unidade ao PR", afirmou. Segundo o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), Fonseca percebeu que ficaria sem apoio do partido que fechou com Alves no ano passado. "Nada foi negociado. Ele percebeu que estaria contra o entendimento firmado pelo partido", afirmou. Portela disse que as acusações contra o peemedebista não desestabilizaram sua campanha. "A candidatura dele está consolidada. Nenhum partido recuou e retirou o apoio". O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), evitou comentar o caso de Alves, mas questionado sobre uma situação eventual de repasse de emendas parlamentares para uma empresa que tenha como sócio um assessor de deputado, ele disse que, inicialmente, não há irregularidade se o serviço for prestado. Além de Alves, também estão na disputa os deputados Julio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES). A eleição ocorre no dia 4 de fevereiro.