Henrique Alves e as derrotas necessárias para realizar o sonho de 42 anos

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Caso seja eleito presidente da Câmara amanhã, como está previsto, o deputado Henrique Alves (PMDB) irá levantar as mãos para o céu e agradecer a Deus por...duas derrotas. A hora será de agradecer o que, para muitos, manchou a imagem do parlamentar como político: o fato de não ter conseguido se eleger, em nenhuma das duas tentativas, prefeito de Natal. Em uma das situações, perdeu por 961 votos para um engenheiro sem expressão política, apadrinhado da hoje vice-prefeita Wilma de Faria. Na segunda situação, perdeu para a própria Wilma.   Caso tivesse sido prefeito de Natal na primeira campanha, Henrique teria governado 4 anos, certamente teria sido reeleito...e o governo do Estado, e em seguida o Senado Federal, teriam sido o seu caminho. Caso tivesse sido eleito prefeito na segunda tentativa - foi uma eleição atrás da outra - Henrique teria seguido o mesmo caminho. A volta à Câmara poderia ter sido uma opção descartada pelo deputado, que há 42 anos se elege e se reelege, sem ter ficado um dia só sem mandato. Até se licenciou durante um período para ser secretário do governo do primo Garibaldi Filho, mirando num outro sonho antigo: o de ser governador do Rio Grande do Norte. Mas a tentativa foi interrompida quando ele deixou a Secretaria de Governo e voltou para seu gabinete, de onde nunca mais saiu. Caso seja eleito amanhã, como está previsto, Henrique vai agradecer a Deus pelas duas derrotas, e pelo fracasso em duas tentativas: de disputar o governo potiguar, e de ser companheiro de chapa majoritária para presidência da República. Nos 4 casos, certamente o destino de Henrique hoje seria outro. O foco de um parlamentar é sempre ser presidente da Casa onde detém mandato. Henrique até tentou pular do trilho...mas voltou. E segue mirando o sonho que traçou há 42 anos.