25 anos depois, a Constituição Coragem é uma relíquia

[0] Comentários | Deixe seu comentário.

Era 10 de outubro de 1988. Cinco dias após promulgada a Constituição Federal. Eis que vem a Natal para declarar apoio à candidatura do deputado Henrique Alves (PMDB), que disputava a Prefeitura de Natal, o deputado presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, que se vivo fosse, estaria comemorando aniversário neste domingo, 6 de outubro. Eu era editora-chefe do Bom Dia RN, na TV Cabugi, e nesse dia o entrevistado foi o Doutor Ulysses. No camarim da TV, aproveitei o momento de menor assédio - éramos eu, a maquiadora e ele - para conversar com o político que eu muito admirava. Numa conversa bem humorada, eu falei que ele tinha promulgado a Constituição no dia 5 de outubro, data do meu aniversário, em minha homenagem. "Em sua homenagem e em minha homenagem", disse o aniversariante do dia 6, continuando com o tom de brincadeira: "Ainda pensei em mandar lhe buscar, mas aí não dava mais tempo. Mas vou lhe dar um presente". * Ao sair do camarim ele pediu que um assessor fosse buscar o presente numa bolsa que estava no carro. E deu a mim, aos apresentadores do 'Bom Dia', Antônio Melo e Everaldo Porciúncula, e ao ex-ministro Aluízio Alves, um exemplar da recém-saída do forno Constituição Federal. Exemplar da restrita primeiríssima edição, que se tornou polêmica pelo prefácio "Constituição Coragem" assinado pelo Doutor Ulysses, e que já não apareceu na segunda edição que foi para as livrarias. Portanto, o presente que ganhei de Ulysses Guimarães é uma relíquia que faz parte da minha história como JORNALISTA, hoje blogueira. E neste sábado, 5, quando fiz um ano a mais, a Constituição fez 25 anos. Cumprida, desrespeitada, emendada...é a nossa Carta Magna que mudou a vida de uns para melhor, de outros para pior...mas deu rumo ao nosso país. Que hoje, infelizmente, anda meio sem rumo... Eis o registro do meu grande presente de aniversário, 25 anos atrás:

A dedicatória * O PREFÁCIO POLÊMICO QUE POUCOS GUARDAM:



A CARTA MAGNA