22/01/2014
Sigilo fiscal dovex-senador Demóstenes Torres será quebrado
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Do portal R7: Justiça acolhe denúncia contra Demóstenes Torres e autoriza quebra de sigilo fiscal do ex-senador Tribunal também vai processar Cachoeira e o empresário Cláudio Abreu Carolina Martins, do R7, em Brasília O TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás) acolheu, nesta quarta-feira (22), a denúncia criminal, movida pelo MPGO (Ministério Público de Goiás), contra o senador cassado Demóstenes Torres. A Justiça também autorizou a quebra do sigilo fiscal de Demóstenes dos últimos dez anos e determinou que ele fique afastado do cargo de procurador de Justiça enquanto durar o processo. * O relator do caso no TJ-GO, Leandro Crispim, votou pelo recebimento da denúncia, derrubando a tese da defesa, de que as provas apresentadas pelo MPGO são ilegais. * De acordo com o desembargador, a legalidade das provas será avaliada durante o processo, durante o julgamento da açaõ penal. — Não há que se falar, no momento, em nulidade das provas apresentadas. O relator foi seguido pela unanimidade da corte. Os nove desembargadores do TJ-GO presentes votaram pelo acolhimento da denúncia. * Demóstenes está longe do Ministério Público desde outubro de 2012. Logo após ser cassado pelo Senado Federal e perder o mandato, ele também se afastou das funções. Mesmo assim, continua recebendo salário de quase R$ 26 mil e foi considerado membro vitalício do Ministério Público. * O ex-senador é acusado de participar dos esquemas criminosos chefiado pelo bicheiro Carlos Cachoeira. O contraventor também vai responder ao processo, junto o ex-diretor da Delta, Cláudio Abreu. Os três são acusados de corrupção em um esquema de exploração de jogos de azar em Goiás, revelado pela Operação Monte Carlo, em 2012. Demóstenes Torres vai responder por oito acusações de corrupção passiva e pelo crime de advocacia administrativa (quando um servidor faz prevalecer interesses pessoais em atos da administração pública). * Como prova contra os acusados, o MPGO apresenta as agravações telefônicas feitas pela PF (Polícia Federal) durante a Operação Monte Carlo. As conversas revelam um relação de amizade entre Demóstenes Torres e Cachoeira. O ex-senador é acusado de repassar informações privilegiadas para o bicheiro e de trabalhar para favorecer o amigo com projetos, dentro do Congresso Nacional, de legalização de jogos de azar. * Além disso, a investigação da PF também aponta que o rádio Nextel de Demóstenes Torres era pago pela organização do contraventor e recebia dinheiro do esquema.