Shoppings do Brasil podem fechar em dias de rolezinho

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Do G1: Shoppings podem ficar fechados para evitar 'rolezinhos', dizem lojistas Para associação do setor, encontros não podem causar 'constrangimento'. Empresários se reuniram com ministros para tratar sobre o novo fenômeno. Por Filipe Matoso Do G1, em Brasília Após se reunir com o governo federal, o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyon, disse nesta quarta-feira (29), em Brasília, que as portas dos centros de compras do país estarão "abertas" para os jovens , desde que eles não causem "constrangimentos” aos demais clientes. O dirigente ressaltou, no entanto, que, provavelmente, os shoppings irão optar por ficar fechados em casos de convocações de encontros em massa pela internet, os chamados "rolezinhos". * Sahyon participou nesta manhã de reunião, no Palácio do Planalto, com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Marta Suplicy (Cultura) e Luiza Bairros (Secretaria de Igualdade Racial), além de empresários do setor. O encontro foi realizado a pedido da presidente Dilma Rousseff . * Os "rolezinhos", como ficaram conhecidos, são encontros marcados pela internet por adolescentes. Os eventos ocorrem sobretudo em shoppings, e ganharam repercussão desde dezembro, quando aglomerações assustaram frequentadores e fizeram centros comerciais fecharem as portas mais cedo. Desde que o fenômeno começou a se propagar pelo país, vários centros de compras passaram a não abrir nos dias programados pelos jovens para se reunirem em grandes grupos. * No último sábado (25), a direção do shopping Iguatemi Brasília informou aos lojistas, na véspera do encontro, que o estabelecimento iria permanecer fechado em um dos dias de maior movimento devido ao agendamento de um rolezinho. Segundo o presidente da Alshop, é importante a categoria "zelar" pela segurança dos shoppings”. “Esses jovens vão estar sempre com as portas abertas para fazer algum tipo de confraternização, mas não para entrar com rádio, fazer festa do beijo lá dentro e fazer evento que possa trazer preocupação para aquelas pessoas que possam estar lá dentro, que possa gerar constragimento", completou. * Sahyon defendeu depois do encontro com os auxiliares de Dilma as liminares judiciais obtidas por alguns shoppings do país para proibirem a entrada de jovens durante os rolezinhos. Na avaliação de Sahyon, as portas foram fechadas pelos estabelecimentos “em respeito ao consumidor”. “Como vocês viram, uma mãe protegendo uma criança e vendo a correria dos jovens dentro desses empreendimentos. Então a preocupação é sempre pela segurança. Imagina se uma senhora grávida cai, é pisoteada e perde a criança. Os shoppings vão ser processados e vão falar que os shoppings não sãos seguros. Então, a busca da liminar é muito mais no sentido de proteger quando você tem uma grupo muito grande para entrar ao mesmo tempo”, afirmou Nabil Sahyon.