23/07/2014
Por Paulo Araújo, a promessa de não morrer nunca, de Ariano Suassuna
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Do jornalista Paulo Araújo, secretário de Comunicação do Governo do RN, que há 8 anos entrevistou Ariano Suassuna:
VÁ COM DEUS, GRANDE MESTRE!
Não é clichê dizer que o Brasil - e principalmente o nosso Nordeste - ficou mais pobre na noite desta quarta-feira com o "encantamento" de Ariano Suassuna.
Foi na sua linda casa, na rua do Chacon, em Recife, que ele me recebeu com toda afabilidade do mundo para conversar, entre tantas outras coisas, sobre a paixão que tinha em ser professor.
Profissão que exerceu e nos encantou de norte a sul do país até poucos dias atrás.
Foi difícil começar a entrevista em si, publicada em maio de 2006 na revista Nova Escola, da Editora Abril, pois ele queria conversar sobre criação de cabras, sobre o sertão de Taperoá e do Seridó, de onde ele tinha vindo há coisa de oito dias, sobre o seu tempo de infância, sobre o amor pelo Brasil. A íntegra da entrevista está no meu livro "Como Se Fossem Letras" e eu reproduzo aqui a última pergunta, onde ele falou, em tom de brincadeira, exatamente sobre a morte.
Paulo Araújo - No seu discurso de posse na ABL, por sinal, você desenganou os pretendentes à sua cadeira dizendo que decidira não morrer nunca. Ao completar 80 anos, essa promessa se mantém?
Ariano Suassuna - Sim. Você ainda vai me entrevistar quando eu tiver 160 anos, você vai ver. Isso se você tomar algumas providências...