27/07/2014
Henrique conta como foi procurado pelo PT para ser o governador e Fátima a senadora
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O PT tem dito que foi assediado pelo deputado Henrique Alves para compor chapa com ele...
Henrique diz o contrário.
Continue acompanhando a entrevista do candidato do PMDB ao governo.
Thaisa Galvão – Definida a candidatura o primeiro passo foi juntar todo mundo. Você sabia que seria complicado se eleger sem todo mundo?
Henrique Alves – A primeira conversa nossa foi com o PT que era o aliado natural. Eu recebi na sede do PMDB, vou dar nomes: Fátima, Juliano Siqueira, Hugo Manso, Fernando Mineiro e Eraldo. E éramos eu e Garibaldi. Era a aliança natural. Aí onde eu acho que foi o erro do PT que disse que me queria pra governador, me apoiaria para governador, tem umas cinco pessoas para confirmarem, me apoiaria para governador, e Fátima para o Senado. Mas, só com partidos da base da presidenta Dilma. Era essa a pré-condição. Me apoiariam para governador, achavam que eu era o candidato natural, a chapa natural com Fátima para o Senado, mas só aceitando partidos que apoiassem a presidenta Dilma. Pra você ver como o tempo é o melhor dos conselheiros, hoje, na coligação que eles estão tem três partidos que não apoiam a presidenta Dilma. O Rio de Janeiro, o maior foco nacional da política brasileira, está Romário, do PSB para o Senado e o PT com Lindberg. E eu disse logo na hora que não concordava com isso, essa verticalização não existe a nível estadual onde a realidade se superpõe. Um dia quem sabe, lá na frente, a cultura venha no tempo e no aprendizado mudar, mas hoje, no Brasil, uma realidade estadual se sobrepõe a uma imposição nacional. Eu achava errado porque eu poderia ter o apoio de Rogério Marinho pelo PSDB, de Wober Júnior pelo PPS, eu buscaria a ex-governadora Wilma para um diálogo sem ver ainda horizontes, e eu queria ter essa liberdade de ter essas conversas. Mas não aceitaram de jeito nenhum
Thaisa Galvão – Mas a deputada Fátima Bezerra diz o contrário, que você que procurou e ela que não quis.
Henrique Alves – Não, essa conversa eu dei nomes. Foi no PMDB essa conversa com esses personagens que eu citei aqui, onde discutimos aliança. E tanto eles entendiam que era natural que lá foram, e eu entendi que era também, até por conta de Dilma e Michel. Mas na hora que colocaram essa questão que não aceitavam partidos que não estivessem no palanque da presidenta Dilma, isso começou a nos afastar. Então a partir daí eu procurei outros caminhos.
Thaisa Galvão – A ex-governadora Wilma de Faria estava muito bem em todas as pesquisas para o Governo. Se aliar a ela foi uma forma de tirá-la do seu caminho?
Henrique Alves – Eu digo mais aqui, realmente na época os nomes mais fortes para o Governo do Estado, não me torna menor reconhecer isso não, eram ela e Garibaldi. Eram os nomes citados, mais fortes na disputa. Como naquele momento queríamos aliança para ganhar eleição de governador fui procurá-la para ver se o projeto era irreversível, se não era, e ela de forma muito humilde, muito compreensiva e muito digna, começou a avaliar e disse ‘Henrique eu já fui 8 anos, como Garibaldi também, eu acho que esse radicalismo não cabe mais, o Estado está precisando de muita ajuda, de muito apoio nacional, parcerias, eu acho que você pela posição que tem nesse momento é o melhor nome’, e começamos a conversar. E veja, o destino de novo como é, depois Eraldo esteve lá (no PMDB) e eu dou nomes de pessoas, com Mendes, vereador de São Gonçalo, que é do partido de Wilma, foram lá conversar com ela admitindo ela sair governadora com Fátima senadora. O que comigo sequer admitiu qualquer partido, depois foram conversar com ela para ela ser a governadora e Fátima para o Senado. Aí já tinham sujado tanto a água, já tinham vetado tanto Wilma para uma aliança que aí ficou difícil de resolver e, pelo contrário, nós abrimos aí uma avenida de conversas, de entendimentos, e eu agradeço aqui à ex-governadora Wilma como ela se conduziu o tempo todo na conversa. Foi muito altiva, muito simples, já tinha dado esse exemplo para vice-prefeita, já foi um gesto dela que Natal reconheceu. A partir daí fui buscar outros interlocutores, de outros partidos e fomos somando, somando. Portanto eu vejo hoje, até com muita compreensão a insegurança, o nervosismo dos adversários quando reclamam, mas eles devem se lembrar que procuraram também esses partidos. Procuraram Wilma, procuraram os mesmos partidos que eu procurei.