13/08/2014
Eduardo Campos: releia trechos da entrevista do Blog com o presidenciável do Nordeste
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Há um mês, no dia 11 de julho, o presidenciável Eduardo Campos esteve em Natal.
Deu uma coletiva e foi ao Midawy Mall para um encontro com o empresário Nevaldo Rocha, seu eleitor.
Campos estava acompanhado do coordenador da campanha para o Nordeste, Cláudio Porpino, da presidente do PSB-RN e candidata ao Senado, Wilma de Faria e dos pessebistas locais.
Almoço no Piazzale.
Sentei ao lado do candidato, combinado que foi anteriormente, para um bate-papo exclusivo.
Antes do ping-pong, conversamos sobre amigos comuns: Gilbertinho, neto do escritor pernambucano Gilberto Freire, filho de Fernando e Cristina, pessoas queridas que na minha infância passaval carnaval e semana santa na Ping'Água, fazendo do meu avô Guttemberg Britto, em Acari.
Gilbertinho, Kyka, Fernandinho, queridos meus até hoje, e íntimos de Campos.
Depois da amenidade, fizemos uma entrevista rápida, já que ele cumpria agenda.
Eis trechos da entrevista com o presidenciável do Nordeste:
Eduardo Campos: “A campanha tem que ser limpa para o governo ser limpo. Tem que ser pobre para o governo ser justo”
11 de julho de 2014 às 18:11
E foi no almoço self-service do restaurante Piazzalle, no Midway Mall, em Natal, que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) disse ao Blog que não vai admitir corruptos na sua gestão; e que continua sem querer o ex-presidente Sarney e o presidente do Senado Renan Calheiros no seu governo.
Disse também que vai trabalhar para reduzir a carga tributária no Brasil, e ainda apostou no placar para Brasil e Holanda neste sábado.
Uma 'exclusiva' ao Blog depois de comer paçoca, vatapá…"comida de sustança, para se segurar em pé".
Thaisa Galvão – O que você acha que está mais errado no Brasil hoje e que você tem vontade de consertar?
Eduardo Campos – O Brasil parou, a inflação bateu na porta, de volta, do assalariado brasileiro, os juros estão lá em cima… No momento em que o brasileiro mais está endividado o juro foi lá pra cima, então nós precisamos botar o Brasil no rumo do desenvolvimento econômico com distribuição de renda, senão quem paga mais caro essa conta é o Brasil mais frágil, que é o Brasil do Norte, do Nordeste brasileiro, o Brasil mais vulnerável. Uma outra coisa errada no Brasil é exatamente a divisão do Brasil nessa base do nós e eles. Nós precisamos unir o Brasil em torno de uma agenda de desenvolvimento sustentável, da renovação das práticas políticas, de uma agenda que insira o Brasil no século 21 pra que a gente aproveite a janela demográfica que temos, Seremos durante 20 anos ainda um país jovem, e é nessa hora que a gente tem que fazer exatamente as mudanças para o tempo em que o Brasil não será um país tão jovem assim. E a mudança mais central que precisamos fazer é a qualidade na educação pública. Nós conseguimos fazer universidades públicas melhores do que as universidades particulares. Chegou a hora de fazer as escolas, da creche ao ensino médio, públicas de qualidade para reduzir as desigualdades, melhorar a produtividade da economia e fazer um país muito mais harmônico e feliz no futuro.
Thaisa Galvão – Os candidatos, e principalmente a presidente Dilma Rousseff, não tem falado num assunto que tem quebrado o brasileiro: a carga tributária. Quem vai aos Estados Unidos, por exemplo, que faz compras, se sente roubado quando vai repetir as mesmas compras no Brasil. Seu plano de governo tem essa preocupação?
Eduardo Campos – Eu tenho um compromisso de ser o primeiro presidente da República, desde a redemocratização pra cá, que não vai aumentar impostos. Que vai fazer a reforma tributária no primeiro ano de governo. Eu participei de todos os debates sobre reforma tributária nos últimos 20 anos no Brasil, conheço essa matéria. Vou fazer a reforma, vou implantar já em 2016, parte da reforma tributária, e vou fazer com que o país comece a reduzir a carga de tributos para poder fazer o crescimento econômico e gerar oportunidades de trabalho e renda para a sociedade. O Brasil só vai retomar o crescimento no ritmo que a gente precisa se tiver planejamento de longo prazo, regras seguras e um sistema tributário diferente do atual.
Thaisa Galvão – Corrupção: mal de todos os séculos. Tem jeito?
Eduardo Campos – Tem jeito sim. O primeiro jeito é o exemplo, segundo é não nomear corrupto para ser líder de equipe e para exercer cargos importantes, e isso só acontece quando a gente tem coragem de romper com a velha política. E essa coragem eu e Marina tivemos. Fazer uma campanha simples como estamos fazendo, pra poder fazer um governo que enfrente a corrupção amanhã. A campanha tem que ser limpa para o governo ser limpo. A campanha tem que ser pobre para o governo ser justo. É isso que nós vamos fazer.
Depois do almoço, acompanhado da senadorável Wilma de Faria e Nevaldo Rocha, Eduardo Campos caminhou pelo shopping, tomou café...
E com o telefone da blogueira, fez uma selfie com Wilma.