25/08/2014
Morre o empresário Antônio Ermírio de Moraes
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Morre, aos 86 anos, o empresário Antônio Ermírio de Moraes
Presidente de honra do Grupo Votorantim faleceu em casa por insuficiência cardíaca
RIO - Morreu na noite de domingo, aos 86 anos, em São Paulo, o empresário e presidente de honra do Grupo Votorantim, Antônio Emírio de Moraes, informou a companhia. Ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, na capital paulista, mas morreu em casa por insuficiência cardíaca.
O corpo será velado a partir das 9h desta segunda-feira no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa, do qual ele também era presidente, e o cortejo sairá às 16h em direção ao Cemitério do Morumbi, onde será realizado o enterro.
Antônio Ermírio de Moraes nasceu em São Paulo em 4 de junho de 1928. Seu pai, o engenheiro pernambucano José Ermírio de Moraes, criou o Grupo Votorantim, comprando as ações de uma empresa de tecelagem localizada na cidade de Votorantim, que pertencia ao sogro, o imigrante português Antônio Pereira Inácio.
Em 1945, Antônio Ermírio embarcou para os Estados Unidos para cursar engenharia metalúrgica no Colorado. Ao voltar para o Brasil, em 1949, fez estágio não remunerado na Siderúrgica Barra Mansa, da família. Foi responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955. Após a morte do pai, em 1973, assumiu, junto com o irmão, José Ermírio, o comando do Grupo Votorantim.
Em 1986, aventurou-se na políticia, lançando-se à candidatura ao governo do Estado de São Paulo pela União Liberal Trabalhista Social ( PTB, PL e PSC), ficando em segundo lugar, perdendo para Orestes Quércia, do PMDB.
Antônio Hermírio era um dos empresários mais bem-sucedidos e um dos homens mais ricos do Brasil com uma fortuna estimada em R$ 25 bilhões. O Grupo Votorantim é um dos cinco maiores conglomerados empresariais com capital brasileiro, com negócios em mais de 20 países. No ano passado, teve uma receita líquida de 26,3 bilhões.
Em 2001 deixou a presidência do Conselho de Administração do Grupo Votorantim e entregou o comando do conglomerado aos filhos e sobrinhos. Uma combinação de doenças afetou sua mente e seus movimentos, imobilizando-o numa cama, levando-o a sofrer de hidrocefalia e Mal de Azheimer.
Antônio deixa a esposa, Maria Regina Costa de Moraes, e nove filhos.