25/12/2014
Sem mandato, Rosalba diz que por um bom tempo vai descansar e curtir os netos
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Ao contrário do que se imagina, a governadora Rosalba Ciarlini torce que o deputado Henrique Alves seja ministro. “É importante para o nosso Estado”. Nega que vá assumir cargo no governo Dilma Rousseff e diz que terá um longo tempo pela frente para descansar. Para curtir os netos, hoje distantes por causa do governo, mas sempre presentes no apartamento da avó, pelos brinquedos deixados como parte da decoração.
A governadora de mais 7 dias de mandato, a contar desta quinta-feira, diz que não não está inelegível, e que foi muito gratificante ser prefeita de Mossoró. Isso sem confirmar se está em seus planos tentar retornar ao Palácio da Resistência.
Thaisa Galvão – Voltando agora para um cenário mais político. O deputado Henrique Alves, pelo que a senhora tem acompanhado, vai ser ministro?
Rosalba Ciarlini – Essa pergunta tem que se fazer à presidente Dilma. Eu torço que o Rio Grande do Norte tenha ministro, claro, isso é importante para o nosso Estado. A presença de um norte-rio-grandense num Ministério é algo que ajuda bastante ao nosso Estado. Eu lembro de Dix-Huit que dizia assim, ‘quem não faz pela sua terra, não fará pela terra dos outros’. Então um ministro sendo da nossa terra, com certeza vai ter uma influência muito grande para ajudar ao nosso Estado.
Thaisa Galvão – Avaliando os projetos políticos sem sucesso dos seus adversários, isso chega a lhe dar aquele sentimento de...bem feito!?
Rosalba Ciarlini – De forma nenhuma. Eu lamento, por exemplo, na minha cidade, nossa região Oeste, nós tínhamos mais representações a níveis federal e estadual. Mas o povo...nós temos que respeitar a decisão do povo. É soberana.
Thaisa Galvão – O que vai fazer Rosalba Ciarlini sem mandato?
Rosalba Ciarlini – Em primeiro lugar eu vou me dar o direito...olhe, eu venho de 8 anos ininterruptos. Faz 8 anos que eu não descanso. Foram 4 no Senado, e terminei, lembro que nessa época eu estava saindo do Senado e já vindo direto para o Governo. Então agora eu vou me dar o tempo que for necessário para descansar, para abraçar mais meus netos, meus filhos...que coisa boa...
Thaisa Galvão – E essa história de que a senhora vai ter um cargo no governo Dilma? Na Saúde...
Rosalba Ciarlini – As pessoas tem muita criatividade, muita imaginação. Isso não passa de forma nenhuma de imaginação, de especulação. Nada, não existe nada.
Thaisa Galvão – E o futuro político de Rosalba, hoje a senhora é inelegível...
Rosalba Ciarlini – Não. De jeito nenhum. Tem liminar. Até porque se eu tivesse inelegível eu não tinha, nunca, nem pensado, em ser candidata à reeleição. E não fui candidata, todos sabem porque. Acho que foi a primeira vez, na história política da República, que um partido é adversário dele próprio. Porque ele não dar apoio, não querer um candidato do seu próprio partido, isso é algo incompreensível.
Thaisa Galvão – Em Mossoró fala-se numa união do grupo de Rosalba com o grupo da hoje adversária, a deputada não reeleita Sandra Rosado. Já se fala até numa candidatura de Rosalba à prefeita com a deputada Larissa Rosado, vice. Isso existe? Já foi discutido?
Rosalba Ciarlini – Não passa de especulação. Tudo isso é imaginação. O que eu tenho dito e repetido, é que vou trabalhar até o dia 31, até o último segundo, como estou fazendo, e como tenho tentado nesses 90 dias, entregar parte das ações que fizemos, porque muita coisa não vou inaugurar porque não vai dar tempo. Desde outubro que, todos os dias, a gente apresenta ações e realizações do nosso governo. Minha preocupação só tem sido essa.
Thaisa Galvão – Prefeitura de Mossoró, passa pela sua cabeça voltar?
Rosalba Ciarlini – Foi muito gratificante ser prefeita da minha cidade, como também foi muito gratificante ser a primeira senadora do Rio Grande do Norte, e me desculpe a falsa modéstia, mas me sinto orgulhosa da luta pelo direito das mulheres pelos 6 meses de licença-maternidade, pela regularização de profissões que não eram reconhecidas no país, pela defesa de mais recursos para a Saúde, que apesar de aprovado no Senado, até hoje o governo federal, que deveria estar colocando 10% do Orçamento para a Saúde, não chega nem a 5%. Enquanto a obrigatoriedade no Rio Grande do Norte, que é 13%, e nós aplicamos quase 14%.
Thaisa Galvão – A senhora tem vontade de voltar ao Legislativo?
Rosalba Ciarlini – Olhe, agora meu tempo vai ser para, realmente, descansar, estar com meus netos, teve netos que nasceram nesse período que mal me conhecem. Então agora estar com os netos, graças a Deus os filhos estão crescidos, só tem um solteiro, mas já formado, mas mãe é mãe, nunca os filhos deixam de ser crianças.