16/01/2015
Eduardo Cunha pede votos no RN e diz que se elegerá presidente da Câmara com uma vitória "expressiva" no primeiro turno
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), que disputa a presidência da Câmara Federal, sucedendo ao presidente atual, o potiguar Henrique Alves, cumpriu agenda em Natal nesta quinta-feira.
Cunha veio se reunir com os deputados do Rio Grande do Norte e visitar o prefeito Carlos Eduardo e o governador Robinson faria, como fez nos outros 24 estados que já percorreu.
Com o governador, falou sobre o voto do deputado Fábio Faria.
Ao Blog, Cunha preferiu não dizer o que lhe falou o governador, porém, os deputados que o acompanharam comentaram a simpatia do governador, quando falou do voto do filho, pela candidatura de Eduardo Cunha.
O deputado Henrique Alves lembrou que Cunha foi importante para a eleiçãoo de Fábio como segundo vice-presidente da Câmara.
O Blog enviou mensagem ao deputado Fábio faria, que está nos Estados Unidos, mas até o fechamento desta entrevista, ele não havia lido (o whatsapp acusa quando a mensagem é lida), e portanto, não havia respondido.
Fica no ar, então, a simpatia de Fábio por Eduardo Cunha.
Thaisa Galvão – Deputado, qual o balanço que o senhor faz da campanha? O senhor hoje disputa com os deputados Arlindo Chináglia (PT) e Júlio Delgado (PSB).
Eduardo Cunha – Da minha parte nunca houve baixar nível com quem quer que seja que não faz parte da minha natureza. Eu estou pregando propostas e discutindo desde 2 de dezembro. Há alguns que buscam o caminho das agressões, de baixar o nível, inclusive esse já foi presidente da Casa, e quem conviveu com ele presidente da Casa, aliás ele teve o meu apoio, eu me arrependo e peço desculpas até, por ter contribuído para a eleição dele naquele momento, que hoje ele se mostra mais uma vez que não foi merecedor desse apoio, mas eu não vou descer o nível que ele está querendo descer. Eu vou continuar discutindo as minhas propostas, o que os nossos eleitores que são os deputados, que querem ver a Câmara altiva e independente, não estão preocupados com a baixaria que ele quer implementar na campanha. E nós não vamos entrar nesse jogo da baixaria dele, vamos continuar debatendo o Parlamento, debatendo o país, e com certeza absoluta, com muita tranquilidade, nós temos todas as condições para termos uma vitória expressiva no primeiro turno, não é só uma vitória no primeiro turno não, é uma vitória expressiva, com uma vantagem muito grande. E eu não sei nem quem será o segundo colocado da eleição, eu acho até que está indefinido quem será o segundo colocado.
Thaisa Galvão – Deputado, quando o senhor tem como adversário um candidato do PT, tem como adversário o Palácio do Planalto?
Eduardo Cunha – Se você for considerar que o Palácio do Planalto tem como sua base única e exclusivamente o PT, talvez, mas não me parece que um partido que tem 69 deputados, que representa 13% da Casa, pode ser o dono da prerrogativa de governar o país.
Thaisa Galvão – Chegou a se discutir uma possibilidade, como a imprensa noticiou, de um consenso entre PMDB e PT, para o PMDB assumir agora e daqui a dois anos o PT?
Eduardo Cunha – Não existe essa possibilidade nem essa conversa, o meu acordo, o acordo que eu busco, é com a maioria dos 513 parlamentares que vão votar no dia primeiro.
Thaisa Galvão – O senhor visitou o prefeito de Natal e o governador do Rio Grande do Norte. O que o senhor tem discutido com os gestores pelo Brasil afora?
Eduardo Cunha – Eu tenho discutido como já fiz, foi o vigésimo quinto estado que eu estou presente, discutindo as necessidades, as demandas e desigualdades, tudo aquilo que o Parlamento pode fazer para auxiliar nessas dificuldades, que tipo de pauta nós podemos apreciar, e principalmente qual o debate que eles gostariam de ver implementado no Parlamento. Então isso tem sido feito em todos os Estados que eu visito.
Thaisa Galvão – E sua conversa política com o governador Robinson Faria, que é pai do deputado federal Fábio Faria, hoje segundo vice-presidente da Câmara? Foi conversado sobre o voto de Fábio?
Eduardo Cunha – Eu fiz uma visita de cortesia com ele, institucional, para falar das mesmas coisas que tenho falado com os outros governadores, é claro que eu disse que estou aqui pedindo votos, e obviamente que eu pedi o voto, se fosse possível, mas essa não é a parte da razão da visita. E eu não tenho o hábito de colocar na boca dos outros o voto, cada um fala e declara o que quiser. Então eu não faria nunca essa descortesia de colocar na boca dos outros o voto que não foi anunciado pelo deputado, mas pedir eu peço para todos.
Thaisa Galvão – E o governador falou se tinha conhecimento do voto do filho deputado?
Eduardo Cunha – Não, isso eu prefiro não comentar. Ele é quem tem que falar sobre o voto dele.
Thaisa Galvão – O senhor quer suceder o deputado Henrique Alves. O senhor tem feito algum trabalho para que ele, seu amigo, seja indicado ministro?
Eduardo Cunha – Veja bem, a situação da minha candidatura à presidência da Câmara é uma situação que eu tenho que discutir com o Parlamento. A discussão outra, sobre o espaço do PMDB no Governo, é uma discussão do meu partido. Então eu não posso misturar uma coisa com a outra. Com relação ao espaço do partido no Governo, isso quem trata é o vice-presidente da República, Michel Temer, pelo PMDB.