16/01/2015
Jaime Calado sobre eleição da Femurn: "É lamentável a interferência do governador nesse processo"
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Prefeito de São Gonçalo, vice-presidente da Femurn que disputou, sem sucesso a reeleição nesta quinta-feira, Jaime Calado criticou a posição do governo do estado no processo sucessório da Federação.
Apesar do seu companheiro de chapa, Benes Leocádio, afirmar que se houve interferência política, que ela fica como uma coisa menor, Jaime não engoliu.
Em entrevista ao Blog durante a eleição, ele fez críticas ao Governo.
Thaisa Galvão – Como você define o processo de sucessão na Federação dos Municípios?
Jaime Calado – Aqui é uma associação de municípios de todos os partidos, sempre teve essa tradição, é uma associação de direito privado, e a entrada do governador em início de mandato desequilibra o pleito. Então nós lamentamos isso logo no dia em que ele está mandando mensagem para a Assembleia Legislativa, retirando recursos dos municípios. Recursos que a Assembleia tinha aprovado, destinando para os municípios que estão num momento dificílimo, e que o governador está retirando isso hoje. Além do mais, atrasando as parcelas do ICMS dos municípios. Mas ao mesmo tempo ligando, usando a força e o prestígio do governador e tomando partido. Então a gente lamenta muito. Estão aconselhando muito mal o governador. Os amigos de verdade dele devem dar conselhos mais proveitosos.
Thaisa Galvão – O senhor acha que houve interferência também do outro lado? O deputado Henrique Alves, presidente da Câmara, ligou para alguns prefeitos depois que soube dos votos deles...
Jaime Calado – O que é que você acha de uma pessoa que perdeu o mandato, daqui a 15 dias não tem mandato...
Thaisa Galvão – Mas ele pode ser ministro.
Jaime Calado – Mas não é. ...pra um que está no começo do mandato, eu não estou defendendo a interferência de ninguém, mas, você há de convir que um governador num início de mandato tem um poder muito grande e isso sim, desequilibra o pleito. Acho que ele não foi feliz, não foi bom para ele nem é bom para o candidato dele nem para os municípios, no momento em dificuldades. Está todo mundo juntos porque é muito difícil resolver o calhamaço de problemas que os municípios estão enfrentando hoje. E se for dividido, aí é que não se resolve.