21/01/2015
Folha de S. Paulo faz resumo sobre Anna Maria Cascudo e cita missa de sétimo dia nesta quarta-feira
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Da coluna Obituário, da Folha de São Paulo desta quarta-feira, dia da missa de sétimo dia de morte da jornalista e escritora potiguar, Anna Maria Cascudo:
Desde a adolescência, Anna Maria já mostrava que seguiria os passos do pai, o pesquisador e escritor potiguar Luis da Câmara Cascudo, mas que também não viveria à sombra do talento dele.
Determinada, com apenas 13 anos já assinava coluna feminina no jornal "A República", do Rio Grande do Norte.
Compartilhou o trabalho no jornalismo com o direito, ocupando o cargo de procuradora de Justiça. Foi, aliás, a primeira mulher a atuar em um júri no Estado.
A exemplo de Câmara Cascudo, dedicou-se à literatura e à pesquisa histórica e integrou a Academia Norte-Rio-grandense de Letras, desde 2005. Escreveu seis livros —um deles sobre o pai—, inúmeros ensaios e prefácios de mais de 40 obras, além de participar de 12 antologias.
Era ainda membro de dezenas de entidades e associações, como a União Brasileira de Escritores e a Academia Feminina de Letras, que ajudou a fundar em 2000.
Seu intenso trabalho, reconhecido com diversas distinções, não a impediu de conservar a memória de Câmara Cascudo. Investiu na criação do instituto Ludovicus, que guarda o patrimônio cultural do escritor e do qual Anna foi presidente.
Também participava, incentivava e patrocinava qualquer homenagem ao intelectual ou evento sobre ele.
Morreu na quinta-feira (15), aos 78, de insuficiência respiratória devido a um câncer no esôfago. Viúva, deixa três filhos e três netos, além de um livro a ser publicado: "Mulheres Especiais II".
A missa do sétimo dia será na sede do Ludovicus, a partir das 16h de hoje (21/1).