2 de fevereiro de 2015 às 1:37
Para Ezequiel Ferreira, "ex-presidente Ricardo Motta deve explicações" sobre episódio da AL
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O deputado Ezequiel Ferreira de Souza disse lamentar a decisão do deputado Ricardo Motta, a quem chamou de “ex-presidente”, que adiou para esta segunda-feira a eleição para escolha da mesa diretora da Assembleia.
Ezequiel afirmou que a Assembleia está sem presidente e disse esperar que o episódio não tenha se tratado de uma manobra para o deputado ganhar tempo e tentar mudar o jogo.
Para Ezequiel, o episódio não foi interessante.
Thaisa Galvão – Deputado, como você define esse episódio de hoje?
Ezequiel Ferreira – Lamento. Nunca antes houve isso, nem aqui no Rio Grande do Norte, nem que eu saiba em lugar nenhum do Brasil. Quem deve as explicações é o ex-presidente Ricardo Motta, do ato desta tarde e noite. Estamos absolutamente tranquilos, acho que esse gesto fortalece mais ainda a nossa candidatura, amanhã estaremos todos aqui conforme convocados, às 10 horas da manhã, para que haja eleição da Assembleia Legislativa.
Thaisa Galvão – Vocês analisaram o regimento, em relação ao que aconteceu?
Ezequiel Ferreira – Analisamos sim e vamos nos reunir agora com especialista na área jurídica que possa dar uma interpretação mais clara do que foi feito. Na realidade todos foram pegos de surpresa. Ninguém esperava que a sessão fosse encerrada daquela maneira sem convocar uma outra como é de praxe em todas as eleições da mesa, portanto, um momento absolutamente atípico, que lamentamos, afinal de contas aqui hoje estavam os familiares, os amigos, as lideranças políticas ligadas a todos os deputados estaduais num dia de alegria, de confraternização familiar. E, lamentavelmente, nós tivemos esse episódio.
Thaisa Galvão – Esse episódio provoca um racha na Assembleia, na relação dos deputados?
Ezequiel Ferreira – Pra mim deixa uma tristeza porque é algo que nunca tinha acontecido antes.
Thaisa Galvão – O governador Robinson Faria apoiou sua candidatura?
Ezequiel Ferreira – Não, em momento nenhum. Acredito até que ele, como qualquer outra pessoa, possa ter mais simpatia ou menos simpatia por um ou por outro, mas em nenhum momento declarou apoio à minha candidatura. Robinson, desde o início, governador do Estado, me disse, como disse aos que pleiteavam disputar aqui como Gustavo Carvalho, como Álvaro Dias, e o próprio Ricardo Motta, que a grande preocupação dele era a consolidação de um grupo de apoio importante na Assembleia Legislativa, portanto ele está preocupado com a governabilidade. E que esses candidatos tentassem viabilizar os seus nomes, foi o que fizemos, com simplicidade, com humildade, num trabalho absolutamente silencioso, oportunizando aos deputados, depois de muito tempo, uma alternância de poder nesta Casa Legislativa. Coisa que aconteceu no Estado pelo povo, que aconteceu a substituição no Tribunal de Justiça, no Tribunal de Contas, uma coisa absolutamente natural.
Thaisa Galvão – O deputado Álvaro Dias deixou de tomar posse para ir procurar o governador para tentar um apoio ao nome dele como um candidato de consenso. O senhor ou alguém do seu grupo abriria para dar vez à candidatura de Álvaro?
Ezequiel Ferreira – Nós nunca deixamos de lado a possibilidade de consenso. Deixamos a partir deste episódio. Agora a gente vai disputar no voto, quem tiver voto se elege presidente da Assembleia.