20/05/2015
PMDB vira partido familiar e pode pesar no palanque de Carlos Eduardo
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Assim como a telefonia no Rio Grande do Norte ganha um novo dígito agora em maio, o PMDB potiguar ganha mais uma letra: a letra A. PMDBA: Partido do Movimento Democrático Brasileiro Alves. Além do ministro do Turismo Henrique Alves na presidência do diretório estadual, agora o vereador Felipe Alves assume a presidência do diretório municipal. O deputado Hermano Morais, como presidente, dava o tom democrático e livre ao partido. Tirava a pecha de partido familiar. Mas, por não concordar com a participação do PMDB na administração do prefeito Carlos Eduardo, e sequer ter sido consultado, como ele mesmo declarou, Hermano entregou o comando do partido, que, interinamente ficou nas mãos do vice, o vereador Bertone Marinho. A Bertone foi oferecida a presidência de fato e de direito. Insatisfeito com o que estava acontecendo, ele não aceitou. "Faltou diálogo", disse Bertone ao Blog agora há pouco, justificando que, 15 dias antes de formalizada a entrada do PMDB na Prefeitura, com a posse do empresário Fred Queiroz na Secretaria de Turismo, Henrique disse aos peemedebistas municipais que iria marcar uma reunião com presença do prefeito Carlos Eduardo e dos vereadores do PMDB. Para facilitar esse contato, Hermano, que foi adversário ferrenho de Carlos nas eleições de 2012, deixou a presidência e o caminho livre para um possível entendimento do prefeito com o PMDB da capital. "Mesmo assim nada aconteceu. Diálogo para mim seria o mínimo. Posso até ser voto vencido, mas que se tenha diálogo", afirmou Bertone, que não topou assumir, devido à essa insatisfação, a presidência do PMDB municipal. A bola foi passada para o vereador Ubado Fernandes que, também insatisfeito, não aceitou. Sem opção, o PMDB teve que ser aceito pelo vereador Felipe Alves, que, exatamente por causa do sobrenome, relutou em aceitar, como afirmou Bertone. Com o PMDB agregando o A na sigla, o palanque de reeleição do prefeito de Natal, Carlos Eduardo, pode ganhar o peso de uma pedra gigante em 2016. Mesmo no PDT, e não no PMDB, Carlos Eduardo também é Alves. E avaliando as redes sociais tão atuantes nos últimos poucos anos, é fácil entender que a população eleitora não está muito preocupada em quem vai eleger. Mas, muito mais em quem não vai querer eleger. Os políticos estão demorando a compreender.