16/08/2015
#nãovaitergolpe Petistas defendem o governo e o PT na frente do Instituto Lula
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Ato no Instituto Lula defende governo Dilma e o ex-presidente petista
Em clima de festa, manifestantes de vermelho pediam ‘proteção à democracia’
por LEONARDO GUANDELINE
SÃO PAULO - Centrais sindicais lideradas pela CUT, movimentos sociais e políticos fazem na tarde deste domingo, em frente ao Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul de São Paulo, um ato em defesa da democracia e do governo de Dilma Roussef. A manifestação também é solidária ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- É um contraponto à manifestação da Avenida Paulista, pelo debate. Nós queremos dialogar, falar das coisas que não estamos gostando (no governo Dilma), a gente quer mudança na política econômica, que as grandes fortunas sejam taxadas, não queremos a troca de governo, golpe - diz Camilo Vannuchi, um dos organizadores da jornada.
No ato também acontecerá a terceira edição da Jornada Pela Democracia, que reunirá, em debate, políticos, juristas, intelectuais e sindicalistas. O título desta edição é #NãoVaiTerGolpe.
Em frente ao instituto o clima é de tranquilidade. Muitos manifestantes usam camisetas vermelha, cor do PT. Os manifestantes entoam gritos de apoio ao governo e também a Lula.
Presente no ato, o presidente estadual do PT em São Paulo, Emídio de Souza, criticou o senador Aécio Neves (PSDB-MG):
- Aécio só vive de aproveitar, tem uma atitude de torcer para o quanto pior, melhor. Não tem uma resposta para a situação, não busca uma saída. Ele gaguejou das últimas vezes (ao não participar de outras passeatas contra o governo Dilma) e agora resolveu ir para não ficar feio - disse.
O ex-presidente Lula não participa do ato. Segundo o presidente da CUT, Vágner Freitas, o petista não foi convocado para a manifestação.
- Nós sequer convidamos o Lula para o protesto de hoje - disse.
Em clima de festa, alguns manifestantes soltaram rojões de fumaça vermelha. Com cartazes em que pediam "proteção à democracia", eles também deixavam claro o apoio irrestrito a Lula: "Mexeu com Lula, mexeu comigo", era um dos gritos de guerra.
Presente no ato, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, defendeu a realização de manifestações pacíficas:
- Até agora o dia de hoje teve manifestações organizadas, ordeiras. É importante que numa democracia as pessoas possam se manifestar de forma pacífica - afirmou.
O ato pró-Lula e Dilma é embalado por carros de som e bateria de escola de samba. O copo de chope é vendido por R$ 4. Há também espetinhos de linguiça, frango e queijo coalho, vendidos também a R$ 4 por vendedores ambulantes.