27/08/2015
Na reforma não planejada, Dilma vai cumprir promessa de campanha de Aécio Neves e Eduardo Campos
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Na Esplanada dos Ministérios, os auxiliares da presidente Dilma Rousseff, aqueles que ela nomeou para cargos de ministros e secretários gerais, na intenção de firmar parcerias para administrar o combalido Brasil, estão desesperados. Engana-se quem pensa que o desespero é por causa da crise econômica ou dos baixíssimos índices de popularidade da Chefa. Os detentores dos melhores cargos, com maiores salários e muitas vantagens temem mesmo é perderem o emprego. Os auxiliares de si mesmos sabem que ninguém está a salvo de ser dispensado. A Folha de hoje lembra que "durante a campanha eleitoral do ano passado, Dilma criticou as propostas de redução do número de ministérios de seus adversários, Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE) (que morreu durante a campanha e foi substituído por Marina Silva), e afirmou que quem defendia cortar pastas possuía "imensa cegueira tecnocrática".... O pensamento de campanha de Dilma comprova que a presidente não enxergava a crise, e sequer imaginava que teria que cumprir a promessa de campanha, não dela, mas dos adversários. E como a promessa de campanha não era dela, mas dos adversários, o corte de 10 ministérios não foi planejado, daí o atabalhoamento da reforma anunciada de sopetão. De sopetão, como tem andado o Brasil. E a repórter Marina Dias mostra, na edição de hoje da Folha, os prováveis cenários da reforma. Eis: CENÁRIOS Dilma trabalha com três cenários para a reforma, que devem ser discutidos com os líderes partidários nos próximos dias. O mais provável é aquele em que as secretarias de Portos e Aviação Civil seriam integradas ao Ministério dos Transportes, que deve ser assumido pelo ministro Eliseu Padilha, hoje à frente da Aviação Civil. Nesse desenho, a presidente manteria as secretarias de Política para as Mulheres e de Igualdade Racial, inicialmente eram dadas como certas no corte. O gesto atenderia ao PT, que trata a criação das pastas como conquistas históricas da legenda. Dilma deve também tirar o status de ministério de cinco órgãos. São eles: Banco Central, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), CGU (Controladoria Geral da União), AGU (Advocacia Geral da União) e SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos). Por fim, a petista acabaria com a SRI (Secretaria de Relações Institucionais) e integraria a Secretaria de Micro e Pequena Empresa ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A presidente tenta preservar, assim, a Secretaria de Direitos Humanos, que nos planos iniciais da reforma iria para o Ministério da Justiça ou para a Secretaria-Geral da Presidência. Do Blog - Vale lembrar uma coisinha basiquinha: o fato de extinguir algumas pastas ou órgãos do governo, não significa que só os detentores dos cargos referidos serão atingidos pela reforma, que abrangerá, principalmente, interesses políticos. Quem soma, quem multiplica...quem diminui? Uma dança das cadeiras não está fora do contexto da reforma não planejada da presidente.