27 de fevereiro de 2016 às 21:47
Em carta ao aniversariante PT, Dilma defende Lula e diz que ele vem sendo 'atacado injustamente'
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Da Folha Online: Em carta ao PT, Dilma defende governo e partido e evita polêmicas MARINA DIAS DE BRASÍLIA PAULO GAMA DO PAINEL, ENVIADO AO RIO Ausente da festa de 36 anos do PT neste sábado, a presidente Dilma Rousseff enviou uma carta para ser lida no evento em que faz uma defesa do partido e de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, e diz que os ataques a seu governo não a "farão recuar". A mensagem, um aceno ao partido no momento de maior distanciamento entre ela e o PT, não foi bem recebida pela cúpula da sigla, insatisfeita com a ausência da presidente nas festividades e com a agenda econômica colocada pelo Planalto com defesa de temas que contrariam bandeiras históricas da sigla, como a reforma da Previdência. Na carta, Dilma diz que há um "ataque sistemático" a Lula, ao PT e a seu governo. Em uma das maiores críticas até aqui às investidas contra o partido, aponta uma "moralidade seletiva" na tentativa de "criminalizar e envenenar a sociedade contra nós". A petista também sai em defesa de Lula. Diz que ele é um "patrimônio político" e que "vem sendo duramente atacado, de forma injusta". "Sou e serei solidária ao meu amigo e companheiro Lula em todas as ocasiões, e continuarei a seu lado em todas as batalhas que certamente ainda travaremos", escreve. Sobre os ataques a seu governo, diz que há uma tentativa de "usurpar um mandato legitimamente conquistado nas urnas", para "interditar suas ações e iniciativas". "Não me farão recuar, pois tenho um compromisso inquebrantável com a estratégia de desenvolvimento pela qual tanto lutamos." A petista encerra a carta dizendo que seguirá "de braços dados com essa aguerrida militância do PT que, como eu, tem orgulho de empunhar a bandeira vermelha com a estrela branca". Para evitar novos atritos com o partido, Dilma preferiu não abordar projetos apoiados por seu governo que desagradam à militância, como a reforma da Previdência e a revisão da obrigatoriedade da participação da Petrobras na exploração do pré-sal.