09/03/2016
Para Lula, condução coercitiva foi ato de perseguição contra ele
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Lula se diz 'alvo de perseguição' da Lava Jato em café com senadores
Segundo Lindbergh Farias (RJ), ex-presidente criticou condução coercitiva. Outro senador presente ao evento afirmou que Lula se disse 'indignado'
Por Gustavo Garcia
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse nesta quarta-feira (9) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em café com senadores de PT e PMDB, que se considera vítima de “perseguição” na operação Lava Jato. Lindbergh estava no encontro, que ocorreu na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
“Ele disse que é perseguição aquela condução coercitiva ilegal, aquilo foi uma prisão ilegal”, declarou Lindbergh ao deixar a casa de Renan, depois do café da manhã.
O senador Hélio José (PMB-DF), também presente no encontro, afirmou que Lula demonstrou indignação com o fato de ter sido levado para prestar depoimento.
“Ele está indignado com a atitude tomada. Quando qualquer um é convidado a fazer um depoimento e nega, aí sim você é levado coercitivamente, mas isso não aconteceu. Por isso a indignação do ex-presidente”, disse Hélio José.
Hélio José também comentou que, durante o café da manhã, senadores chegaram a sugerir que Lula assumisse um ministério do governo Dilma Rousseff.
“Isso foi sugerido. O senador Requião (PMDB-PR) e outras senadoras também sugeriram essa possibilidade de Lula vir a ser ministro da ‘Economia’. Mas o ex-presidente não disse que aceitaria, ele está ouvindo, vai conversar com lideranças políticas, mas não falaram se a presidente Dilma chegou a oferecer um ministério a Lula”, contou Hélio José.
José, no entanto, ponderou que não considera ser “bom” o ex-presidente assumir um ministério.
“Eu, particularmente, acho que não é bom, acho que o Lula deve ficar na coordenação política, mas coordenação fora do ministério”, concluiu o parlamentar.