Das 3 entrevistas polêmicas do domingo, a mais fraca foi a do presidente Michel Temer

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Domingo de entrevistas polêmicas. O dia começou com a coletiva comandada pelo presidente Michel Temer e acompanhada dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia. Depois da reação popular à anistia ao caixa 2, os três, que antes defendiam o benefício para os políticos que receberam doações de empresas enroladas na lavajato, passaram a se posicionar contrários...   Vale lembrar que a Câmara quase coloca em votação, numa sessão de urgência urgentíssima no final da noite...mas agora Rodrigo Maia diz que isso nunca existiu e talz...   Entrevista que ainda passou pelo caso Geddel, e onde o presidente criticou o ex-ministro Marcelo Calero pelo fato de, mesmo ainda sem confirmação, ter sido gravado.   “Desarrazoado”, disse Temer, fazendo caras e bocas durante toda a entrevista. Ignorou o teor do assunto, criticou a embalagem...   MARCELO CALERO CONFIRMA PRESSÕES DE TEMER, DIZ QUE GRAVOU CONVERSA PROTOCOLAR PELO TELEFONE, E SE NEGA A DIZER SE GRAVOU PADILHA E GEDDEL   Mais tarde veio o Fantástico, na Globo, e a entrevista de Marcelo Calero, o ministro que pediu demissão por não aceitar pressões do próprio presidente, para liberar uma obra ilegal a pedido do então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira.   Para Calero Temer sugeriu que ele usasse "um artifício, uma chicana" para resolver o problema do veto do Iphan... Chicana é fraude, de acordo com o dicionário.   Calero confirmou tudo o que falou no depoimento à Polícia Federal, e sobre ‘gravar o presidente’, declarou que foi orientado por amigos policiais federais a ase proteger. E gravou, sim, uma ligação de Temer para ele. Mas, de acordo com o ex-ministro da Cultura, nenhuma das conversas em que Temer fez pressões foi gravada. Ele disse que gravou a última conversa, onde ele entregou o cargo.   Questionado pela repórter Renata Lo Prete se ele havia gravado Geddel Vieira e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ele declarou que não poderia responder. Deixou no ar o que todo mundo responde: que sim.   O engraçado da reportagem do Fantástico é que Eliseu Padilha foi chamado de ex-ministro... Só no bloco seguinte do programa, o apresentador pediu desculpas e corrigiu. Não conseguiu esconder o riso irônico no canto da boca, de quem tem certeza que daqui a pouco estará chamando Padilha de ex. Questão de pouco tempo...   GAROTINHO DIZ QUE PRISÃO DE SÉRGIO CABRAL SE DEU A PARTIR DE DENÚNCIAS FEITAS POR ELE E QUE TEM MAIS PROVAS PARA APRESENTAR   E a noite terminou com a entrevista do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho. Ao repórter Roberto Cabrini, do Conexão Repórter, do SBT, Garotinho falou do episódio em que ele foi retirado do hospital, do problema cardíaco...e do que ele chama de ‘esquema’ do governo Sérgio Cabral.   Garotinho apresentou, inclusive, uma pilha de documentos encadernados, onde diz constar 95 denúncias. Garotinho lembrou que as denúncias que levaram o ex-governador Sérgio Cabral à cadeia foram levantados por ele. E lembra as fotos dos laranjas de Cabral, que foram repassadas por ele.   Garotinho, que conseguiu, em vez de preso, ficar em casa, disse que só entregou uma etapa das provas. Adiantou que o pior vai aparecer na Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, e nos contratos de prestação de serviços...   Garotinho ainda falou que tem “homem de um bilhão de reais” que ele não fala quem é, mas que vai aparecer....   Ele lembrou que fez denúncias sobre a CBF, mas que não foi levado em consideração, até que...tudo o que ele denunciou surgiu como verdade.   Também lembrou da denúncia que fez contra loterias...e disse que os brasileiros ainda vão ter muita raiva em saber que apostaram acreditando na fé, mas foram usados. Ele questiona a atitude do responsável pelo setor de loterias da Caixa Econômica, que atribuiu à sorte o fato de uma mesma pessoa, denunciada por Garotinho, ter ganhado 150 vezes na loteria...   Avaliando as três entrevistas, a dos presidentes, da República, do Senado e da Câmara, foi a mais fraca... Os três na defesa. Nas outras duas entrevistas, os dois no ataque.