Casamento: No prato do dia, a dica é investigar

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O fim de semana é marcado por disse-me-disses em torno do casamento da filha do governador Robinson Faria. O que não seria assunto, senão para as colunas sociais, ganhou as mídias sociais. Jogar para a plateia que o estado está em crise e o casamento, seja ele chique ou simples, é uma afronta à população, é o jeito mais simples de apenas jogar para a plateia. No Brasil, depois da lava jato e escândalos parecidos, reunindo sempre os mesmos sobrenomes e partidos, já se descobriu algumas festas de casamento - e aniversário de casamento, como o do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) - que foram pagos com dinheiro público e foram descobertos. Hoje os órgãos de investigação conseguem. Então, em vez de julgar o governador pelo casamento de sua filha, o mais recomendado seria acionar os órgãos de investigação, como o Ministério Público, para saber se na festa está sendo "investido" dinheiro dos salários dos servidores, por exemplo. Porque o julgamento por antecipação não leva à nada. E enquanto não se faz uma festa com dinheiro público, que os noivos, Janine e Zé Neto, sejam muito felizes. O pai da noiva sempre viveu bem pois nasceu rico, e o noivo é fazendeiro rico em Minas Gerais. Usar dinheiro público num casamento seria pedir para entrar na fila dos sujos que aos poucos vão virando réus pelo Brasil afora. E que a crise que atinge o governo, que começou a pagar hoje os salários de novembro, e também a Prefeitura de Natal, que ainda não concluiu o pagamento dos salários de outubro, seja debelada com a ajuda do governo federal. Mas o pior é que agora, com até o presidente da República Michel Temer caindo na vala comum dos sujos da lava jato, vai ser difícil o Governo pensar em salvar estados e municípios. E a salvação dos estados e municípios depende muito mais do poder público do que do uso do dinheiro privado. Que Deus nos guarde sempre e para sempre.