06/04/2017
Doleiro diz que grupo de Sérgio Cabral comprava telefone de camelô para não ser grampeado
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O doleiro Marcelo Chebar, que operava para Sérgio Cabral (PMDB), faz mais um estrago na vida do ex-governador traquina do Rio de Janeiro. Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), ainda em janeiro, mas 'vazado' só agora, ele revelou que no esquema liderado pelo peemedebista, se comprava telefone celular pré-pago a cada 15 dias nos camelódromos do Rio. Telefones e modens de acesso à internet nos camelôs não são cadastrados junto à Anatel. Os sparelhos iam sendo descartados para evitar rastreamentos. Coisa de profissa... A intenção era fugir de escutas da Polícia Federal. Chebar cuidava dos "investimentos" de Sérgio Cabral desde 2003 e ajudava a montar estratégias para que o esquema não fosse descoberto. No depoimento, Chebar, que hoje está no Rio de Janeiro, declarou que o grupo comandado pelo ex-governador do Rio de Janeiro buscava aplicativos criptografados para a troca de textos ou pen drives com textos em códigos para burlar qualquer monitoramento. Não havia troca de emails entre o grupo e outra forma de comunicação era salvar mensagens na pasta "rascunho " de algum email pré-ajustado, pernitindo que duas pessoas entrassem compartilhando a senha. Chebar explicou ainda que essa forma de comunicação evitava o trânsito e envio de mensagens. A entrega de valores era chamada de "melancia". Marcelo Chebar disse que o dinheiro de propina era levado em pastas 007, mochilas, em meias elásticas ou dentro de calças. E quando não era distribuído, era guardado em salas de escritório alugadas por um dia.