Por Thaisa Galvão
A pouco tempo das convenções, que acontecerão do fim deste mês até os primeiros dias de agosto, os partidos tem se definido em relação a coligações.
MDB, DEM, PDT e Podemos estão juntos nas proporcionais e no palanque do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT).
O MDB, que garante o maior tempo de televisão, sai com o senador e pré-candidato à reeleição, Garibaldi Filho, e com o deputado federal Walter Alves, que também vai disputar mais um mandato.
O DEM troca o mandato de senador de José Agripino, e mantém a vaga na Câmara, não com o atual deputado Felipe Maia, que sai da disputa, mas com Agripino.
O DEM sai perdendo já que em vez dos atuais mandatos na Câmara e Senado, terá apenas na Câmara.
Agripino é apontado como o mais votado nas eleições de outubro.
O PDT leva apenas o candidato majoritário.
Sem nominata, vai de unicamente Carlos Eduardo Alves para o Governo.
E o Podemos, aliado de última hora, entrou na coligação prometendo, além do agora pré-candidato ao Senado, Antônio Jácome, os votos dos evangélicos.
Votos da igreja para Jácome e para o pré-candidato a governador também.
Mas…
Fica a dúvida cruel e em nome do Senhor (afe…)…
Os evangélicos vão em massa para o palanque do ex-pastor Antônio Jácome?
É o que espera o pré-candidato que conseguiu, apesar de divergências veladas e evidentes, se unir aos evangélicos do PROS, Albert Dickson, deputado estadual e pré-candidato à reeleição, e a vereadora Carla Dickson, pré-candidata a deputada federal.
Porém…
Apesar de garantir o apoio a Jácome, desafeto político até então, o PROS de Albert e Carla é tido como certo na coligação proporcional com o PSD do governador Robinson Faria.
E como certo também no palanque majoritário de Robinson.
Resta saber se os evangélicos vão entender a mistura de coisas.
Tipo: quem é do lado de Jácome na igreja vota nele para o Senado, em Carlos Eduardo para Governo e em Carla Dickson para federal…
Mas quem é do lado de Carla vota nela para federal, em Jácome para o Senado, mas o palanque não é o de Carlos Eduardo apesar de parecer, mas o de Robinson…
Vai dar para entender alguma coisa aí?
Isso sem falar no deputado estadual Jacó Jácome, do PSD de Robinson e filho de Antônio Jácome, ‘senador de Carlos Eduardo’, que já garantiu que se mantém pré-candidato à reeleição e que nunca foi infiel ao seu partido.
Resta saber se Jacó terá domínio sobre o seu eleitorado que é o mesmo do pai Antônio Jácome, e vai manter os votos para Robinson…ou se o eleitorado de Jacome, que é o mesmo de Jácó, trocará Robinson por Carlos Eduardo.
Ufa…
Maior partido em número de deputados estaduais, o PSDB fechou coligação com o PSD de Robinson.
Mas Carlos Eduardo garante que, dos 8 deputados, 5 estarão mesmo é no seu palanque.
Na cota do ex-prefeito estão os tucanos Tomba Farias, Raimundo Fernandes, Gustavo Fernandes, Larissa Rosado e Márcia Maia.
Eles podem até não confirmar, mas os números de Carlos Eduardo são fechados com o apoio deles.
O PR ainda não anunciou a aliança mas seguirá dividido também para o palanque majoritário.
Apoiará o governador Robinson Faria mas, em Mossoró, o pré-candidato a deputado estadual, Jorge do Rosário, não apoiará a reeleição do governador.
Também não pedirá votos para Carlos Eduardo nem para Fátima Bezerra.
Mesmo tom do empresário Tião Couto, que retirou a candidatura a deputado federal, mas que participará ativamente da campanha sem pedir votos para governador.
Para onde vai o Avante da pré-candidata a federal Karla Veruska?
Aliada no palanque majoritário de Robinson Faria, o Avante ainda não desenhou sua coligação proporcional, nem avisou quando fará o anúncio.
E o PTC do pré-candidato a federal Benes Leocádio?
É tido como certo no palanque de Robinson, já que o partido é um braço do PSDB, mas não anunciou posição na proporcional.
E o PSB do deputado federal Rafael Motta, do estadual Ricardo Motta e do vice-governador Fábio Dantas?
Vai pra onde?
É a pergunta que mais se faz nos últimos dias, na corrida final para fechamento de coligações.
O partido precisa estar numa coligação interessante para conseguir tentar reeleger Rafael (presidente da legenda), Ricardo…e definir se Fábio Dantas, que rompeu com o PSD para disputar o Governo, será candidato.
O PSB leva junto o PPL da deputada Cristiane Dantas, que já teve o nome cogitado para vice ou suplente, abrindo a possibilidade na Assembleia para Fábio.
Essa parece ser a coligação mais complicada no momento.
Descomplicada mesmo ficou a situação do PHS e PCdoB, que se coligaram de cima abaixo com o PT.
Do PHS, pareceu tranquila a reeleição do deputado Souza.
Do PCdoB, sinal verde para o deputado Carlos Augusto Maia manter o mandato estadual.
E no PT, dificuldade (não impossibilidade) de manter um mandato estadual, mas, sinal verde (não vermelho dessa vez), para garantir uma vaga federal com os nomes do deputado Fernando Mineiro e da vereadora Natália Bonavides à disposição.
E aí?
Você entendeu alguma coisa, caro leitor?
Os eleitores também não.