A semana será marcada por mais uma polêmica com a assinatura do Palácio do Planalto.
É grande a possibilidade do presidente Bolsonaro escolher o novo Procurador Geral da República sem passar pela lista tríplice indicada pelo Ministério Público Federal.
O indicado de Bolsonaro, mais precisamente do filho senador Flávio – o do caso Queiroz – e do advogado dele Frederick Wassef, não teria os atributos necessários para representar o MPF.
Segundo a Folha, num texto publicado em 2014 em uma revista de direito, o subprocurador da República Antonio Carlos Simões Martins Soares, 68, chamou a democracia de “um verdadeiro embuste” e disse que a maioria dos meios de comunicação só a defende “mais por interesses próprios do que por convicção ideológica”.
O nome dele também enfrenta resistências na equipe jurídica da Presidência da República, que tem preferência pela recondução de Dodge ou pelo subprocurador-geral Mario Bonsaglia, primeiro colocado na lista tríplice entregue a Bolsonaro pela categoria.
Além disso, o subprocurador Antônio Carlos Simões Soares foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2013, por aposentadoria irregular e foi obrigado pela corte a voltar ao trabalho em 2015.
O preferido do Planalto brigou na justiça para não devolver R$ 74 mil pagos equivocadamente pela PGR.
Soares havia recebido uma licença-prêmio em 2010, mas em 2017 solicitou o pagamento da mesma licença.