22/11/2019
Governador do Rio Wilson Witzel diz que o “sujeito Bolsonaro” faz declarações “levianas” e que vai processá-lo
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Do Uol: Witzel diz que processará Bolsonaro por acusação de manipular Caso Marielle O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou hoje que pretende processar o presidente da República, Jair Bolsonaro, pelas recentes acusações de manipulação no caso Marielle Franco. Bolsonaro afirmou que Witzel utiliza as investigações para fins políticos, já que manifestou vontade de concorrer à presidência em 2022. Nas palavras dele, a sua vida "virou um inferno" desde a eleição do ex-aliado. Ao chegar em Lima, no Peru, onde vai acompanhar a final da Copa Conmebol Libertadores entre Flamengo e River Plate, no próximo sábado (23), Witzel disse que, desta vez, o presidente "passou dos limites" e reforçou a independência da Polícia Civil do Rio. "As acusações do presidente, aliás, do Jair Bolsonaro... As declarações não são de um presidente, são do sujeito Jair Bolsonaro. São acusações levianas. Ele está acusando um governador de estado de manipulação. A polícia do Rio de Janeiro é independente. O senhor Bolsonaro passou dos limites. Vou tomar providências legais contra ele e iniciar uma ação penal para que ele pare de me acusar de fatos que não pratiquei. Da minha parte, eu tenho a consciência tranquila", disse o governador. Pela manhã, Bolsonaro havia falado sobre a vontade de Witzel em concorrer à presidência. "Acabaram as eleições e ele botou na cabeça que quer ser presidente. Direito dele e de qualquer um de vocês. Mas ele botou na cabeça destruir a reputação da família Bolsonaro. A minha vida virou um inferno depois da eleição do senhor Wilson Witzel, lamentavelmente", declarou. Bolsonaro foi citado na apuração do caso por um porteiro do condomínio onde mantém casa no Rio de Janeiro. Num depoimento à Polícia Civil, o funcionário atribuiu a Bolsonaro a autorização para entrada no condomínio Vivendas da Barra de um dos acusados do crime. Em nova oitiva, desta vez à Polícia Federal, o porteiro recuou e disse que errou ao citar o presidente.