28/03/2020
Estudo britânico revela que se o Brasil suspender o distanciamento social poderá registrar mais de um milhão de mortes por coronavírus
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Caso a Justiça não derrube a ideia chinfrim do governo federal botar no ar uma campanha estimulando a população brasileira a voltar às ruas, com o tema “O Brasil não pode parar”, o Brasil poderá contabilizar até 1 milhão de mortes por coronavírus. É o que mostra um estudo liderado pelo Imperial College de Londres, assinado por 50 cientistas, incluindo um grupo relacionado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Na Itália, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu ter errado ao apoiar a campanha “Milão não para”, que pedia que a cidade não paralisasse suas atividades no início da pandemia. O prefeito se sentiu culpado – e foi – e fez um mea culpa durante um programa de televisão. Foi tarde. Milhares de pessoas, que acreditaram nas primeiras declarações do prefeito, já haviam perdido a vida. Ao analisar o impacto em 202 países, o estudo britânico concluiu que, se os governos adotarem medidas rigorosas cedo, como testes de diagnóstico, isolamento de doentes e distanciamento social para frear a disseminação do vírus, 38,6 milhões vidas podem ser salvas. Isso representa uma redução de mortalidade de cerca de 95%. O Brasil está entre os países citados. Em caso de nenhuma estratégia de isolamento e de enfrentamento da pandemia, o Brasil poderia ter mais de 1,15 milhão de mortes devido à Covid-19. Com estratégias de supressão rígidas para toda a população, que são aquelas que buscam bloquear a circulação do vírus, o estudo diz que o número de mores pode ser reduzido para 44,2 mil. Para o Brasil, no novo estudo, o cenário sem qualquer medida de enfrentamento aponta: Mortos: 1,15 milhão Infectados: 187,7 milhões Hospitalizações: 6,2 milhões Casos graves: 1,5 milhão Em um cenário com a implementação de medidas parciais de isolamento para a população, com restrições a eventos e aglomerações, o número de mortes cai para 627 mil, e o de infectados para 122 milhões. Há, ainda, um cenário com isolamento imposto somente para idosos: 529 mil mortos 120 milhões de infectados 3,2 milhões de hospitalizações 702 mil casos graves