02/05/2020
Sindicato dos médicos do RN que marcou show musical na frente de pronto-socorro com risco de aglomerado não deve representar a categoria que atua na linha de frente na pandemia de coronavírus
[0] Comentários | Deixe seu comentário.
Difícil acreditar que o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte representa, neste momento de pandemia, os médicos que estão na linha de frente nos hospitais.
Os médicos que se expõem para salvar vidas, colocando em risco as próprias vidas e de suas famílias.
Os médicos que sofrem vivendo, talvez o maior desafio de sua profissão, assistindo diariamente a cenas que não eram tão rotineiras em suas vidas, afetando muitas vezes o seu estado emocional.
Tudo para salvar vidas, tudo para garantir atendimento, tudo para fazer valer um juramento feito no dia da formatura.
Difícil acreditar que um sindicato de médicos quisesse ter homenageado os médicos com um show musical na frente de um pronto-socorro, permitindo aglomerado, e que não tenha conseguido apenas por falta de uma licença ambiental.
O óbvio ululante que seria o som de um show na frente do pronto-socorro e o aglomerado de pessoas em plena pandemia, não parece ter contaro para o evento sem noção não existir.
Contou o trabalho da Semurb que barrou o “espetáculo” porque ele aconteceria sem licença, o que contrariou o sindicato.
Portanto, difícil acreditar que o sindicato representa os médicos que estão na linha de frente.
A nota do sindicato explicando porque não promoveu o show na frente do Walfredo Gurgel diz tudo.
Não há preocupação com a pandemia no sindicato dos médicos do Rio Grande do Norte.

Detalhe: o show foi apenas adiado.
Pode acontecer ali na frente se a Semurb receber o ofício solicitando o uso do espaço de permitindo a realização do evento.
Só torcer agora que a Prefeitura de Natal através da Semurb não permita transformar a frente do maior pronto-socorro do Estado em casa de espetáculos.
Para não transformar o espaço em casa dos horrores.