16/07/2020
O que as pessoas precisam saber sobre o alto número de mortes por covid em Natal e no Rio Grande do Norte
[0] Comentários | Deixe seu comentário.
Mais um dia onde o consórcio dos principais veículos de comunicação do país aponta o Rio Grande do Norte com índices de mortes por covid em queda.

O que dá uma sensação de alívio para os mais sensatos, e de liberou geral para quem sabe pouco ou nada sobre empatia, e decide aposentar a máscara e os cuidados com o distanciamento social.
Mas o que essas pessoas precisam saber termina sendo maquiado pela intenção de não colocar o Rio Grande do Norte numa posição negativa; pelo desejo de mostrar que tudo está sendo feito para o estado/capital vencer a covid.
O que essas pessoas precisam ter consciência é que há um número alto de mortes em análise.
São pessoas que morrerem com os sintomas, foram consideradas com covid pelas suas famílias, foram sepultadas seguindo os protocolos da doença, porém não tem um resultado de exame.
Até o final do dia desta quarta-feira eram 220 mortes em análise no Rio Grande do Norte que, talvez, se tivessem suas informações concluídas, não dessem ao Rio Grande do Norte e Natal a posição confortável que faz as pessoas vibrarem ao assistirem ao Jornal Nacional.
Ainda está morrendo muita gente de covid e os números do Ministério da Saúde continuam mostrando que, proporcionalmente, até mais do que em São Paulo, o epicentro da pandemia no Brasil.
Nesta quarta-feira, o número de mortos por 100 mil habitantes no RN continuava maior do que o de São Paulo.
E maior em relação aos números da terça-feira, com Natal se distanciando de São Paulo.
Veja os números da terça:

E os de ontem:

O Rio Grande do Norte também segue à frente de São Paulo.

Outro dado: Brasil e Estados Unidos tem se apresentado como os países mais letais por covid.
E pelo número de mortos por 100 mil habitantes, o Rio Grande do Norte ultrapassa os Estados Unidos.
Pelos números de ontem do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte registrava o acumulado de 42,6 mortes por 100 mil habitantes.
Pelos números de ontem da Faculdade de Medicina John Hopkins, os Estados Unidos revistravam o acumulado de 41,7 mortes por 100 mil habitantes.
Os dados são ruins?
São.
Incomodam?
Muito.
Mas é uma informação que não pode e não deve deixar de ser mostrada.
Não para assustar, mas para conscientizar que tudo o que a gente diz que ‘vai passar’, ainda não passou.