23/11/2020
Votos desapareceram das urnas e vereadores de Natal foram reeleitos com votações abaixo das registradas no pleito passado
[0] Comentários | Deixe seu comentário.
As eleições de 2020 mostraram aos eleitos e derrotados na Câmara Municipal de Natal que o cenário não foi o mais animador.
Mesmo os reeleitos viram suas votações despencarem, a contar pelo vereador Raniere Barbosa, o mais votado em 2016.
Os vereadores que se elegeram deputados mostraram força, e os que assumiram os mandatos, mas na eleição ficaram na suplência, mais uma vez não se elegeram.
O DEM ficou sem representação na Câmara.
Confira a radiografia da Câmara da legislatura atual para a próxima, seguindo a lista, na sequência, dos vereadores eleitos no pleito passado pelo número de votos:
*
Mais votado, Raniere Barbosa, teve 10.510.
O mais votado agora foi Herbert Sena, com 6.029 votos.
Raniere se reelegeu mas caiu de 10.510 para 3.040.
Segunda eleita mais votada foi Carla Dickson, com 7.924 votos. Suplente de deputada federal, assumiu o mandato na Câmara, em Brasília, e tentou repassar seu capital eleitoral de Natal para Claudia Xavier, mas não conseguiu. A candidata só teve 1.100 votos e foi derrotada.
Ubaldo Fernandes, o terceiro da lista de eleitos em 2016, teve 7.574 votos. Em 2018 se elegeu deputado estadual com 20.148 votos, sendo 13.980 em Natal. Conseguiu transferir capital eleitoral para Herberth, seu assessor parlamentar e o vereador mais votado em Natal.
O vereador Luiz Almir, quarto mais votado em 2016, com 7.339 votos, vira primeiro suplente a partir de janeiro, já que os 3.527 votos no PSDB não foram suficientes para a reeleição. O PSDB elegeu Kleber Fernandes, Aroldo Alves e Chagas Catarino.
Natália Bonavides se elegeu vereadora com 6.202 votos. Em 2018 foi eleita deputada federal com 112.998 votos, sendo 43.714 em Natal. Apoiou a reeleição da vereadora Divaneide, segunda mais votada com 5.966 votos, e a eleição da novata Brisa, com 2.901 votos. Divaneide assumiu o atual mandato como suplente de Natália e em 2016 teve 2.236 votos.
Júlia Arruda se elegeu em 2016 com 5.765 votos. Se reelegeu agora, mas caiu para 2.817.
Em 2016 a vereadora Ana Paula teve 5.465 votos. Permanece na Câmara na próxima legislatura com 3.843 votos.
O vereador Bispo Francisco de Assis também caiu da última eleição para cá: de 5.160 para 4.213 votos.
Kleber Fernandes se elegeu há 4 anos com 5.061 votos, e se reelegeu agora com menos: 5.409.
Eudiane Macedo foi eleita vereadora em 2016 com 4.922 votos. Em 2018 disputou e ganhou mandato de deputada estadual com 22.333 votos, sendo a segunda mais votada em Natal com 14.707. Apoiou a reeleição do presidente da Câmara, Paulinho Freire, que aumentou a votação em relação ao pleito passado.
Chagas Catarino foi outro que se reelegeu com menos votos: caiu de 4.810 para 3.801.
Aroldo Alves quase empatou, mas ainda caiu um pouco. De 4.532 votos em 2016 para 4.284 agora em 2020.
Felipe Alves teve pouco mais de 200 votos a mais em 2020: 4.765. Na eleição passada teve 4.511.
Suplente da vereadora falecida Wilma de Faria, o vereador Dickson Júnior assumiu no sexto mês da legislatura. Dickson teve 3.662. Agora ficou na primeira suplência do seu partido, o PDT, quase repetindo a votação anterior: 3.409 votos.
Preto Aquino também teve menos votos esse ano. Caiu de 4.206 na eleição passada para 3.490 agora.
Franklin Capistrano, eleito em 2016 com 4.003 votos, decidiu não mais concorrer, e apoiou a candidatura de um assessor, Lázaro Germano. Não conseguiu transferir seus votos e o candidato que só teve 1.010 votos perdeu a eleição.
Ary Gomes teve 3.488 votos há 4 anos e perdeu a eleição. Numa manobra judicial tomou o mandato de Aldo Clemente e assumiu. Agora teve só 1.302 e não foi reeleito. Já Aldo, que teve 2.229 em 2016, foi eleito agora o quinto mais votado com 5.181 votos.
Dagô foi outro derrotado nas urnas. Caiu de 3.428 para 1.117 votos e apagou o DEM do cenário da Câmara na próxima legislatura. Zero possibilidade de assumir já que não é suplente de ninguém.
Cícero Martins foi outro vereador derrotado. Se elegeu em 2016 com 3.237 votos e agora só conseguiu 1.768.
Ney Lopes Júnior também não conseguiu se reeleger. Teve 3.197 votos há 4 anos e agora 1.515.
Paulinho Freire se elegeu em 2016 com 2.884 votos. Foi eleito presidente da Câmara e agora foi reeleito vereador, terceiro mais votado, com 5.547 votos.
Suplente de Carla Dickson, César de Adão Eridan assumiu o mandato na Câmara Municipal quando a titular foi para a Câmara Federal, como suplente. Em 2016 César ficou na suplência com 2.768 votos. Não se reelegeu. Teve 2.385 votos.
Dinarte Torres se elegeu com 2.754 votos em 2016. Agora chegou a anunciar a retirada da candidatura, mas decidiu seguir e não foi reeleito, mesmo tendo aumentado a votação em relação ao pleito anterior: 2.846 votos.
Eriko Jácome se elegeu em 2016 com 2.577 votos. Se reelegeu agora com mais: 3.040.
Robson Carvalho se elegeu no pleito passado com 2.565 votos. Aumentou a votação e foi reeleito com 4.837.
Fernando Lucena se elegeu para o terceiro mandato em 2016 com 2.495 votos. Agora foi derrota. Só teve 1.788 votos. Foi menos votado do que nomes novos apresentados pelo PT como a eleita Brisa, e os suplentes em melhores colocações do que ele como Daniel Valença, Aline Juliete e Rodrigo Bico, e do que o veterano Júnior Rodoviário.
Nina Souza se elegeu no pleito passado com 2.289. Foi eleita vice-presidente da Câmara e foi reeleita com votação maior: 3.852 votos.
Klaus Araújo se elegeu com 2.279. Aumentou a votação e se reelegeu com 2.797.
Sueldo Medeiros foi outro vereador que não conseguiu se reeleger. Teve 1.829 votos em 2016, entrando para a Câmara com a soma dos votos de legendas, e agora teve 1.260.