09/08/2021
Brasil começa a estudar necessidade de dose de reforço de vacinas
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Com mais de 100 milhões de brasileiros vacinados, pelo menos com a primeira dose ou dose única, os cientistas torcem para que a vacinação ganhe a corrida contra a variante delta e outras variantes que possam surgir.
E já começam a estudar sobre o tempo da imunização para saber quanto tempo o vacinado ficará protegido.
No Brasil, já estão sendo realizados testes com doses de reforço.
Em reportagem do Fantástico da Rede Globo neste domingo, a infectologista Denise Garrett falou sobre a queda de anticorpos após um determinado tempo da vacina tomada.
“Quando vocês ouvirem falar que anticorpos diminuíram, não se assustem, porque os anticorpos vão diminuir. É natural que diminuam, mas isso não quer dizer que não tem a proteção. Os anticorpos são aquela primeira linha de defesa do organismo, mas por trás dos anticorpos têm outras linhas de defesas”, explicou.
As pesquisas com anticorpos e possibilidade de doses de reforço estão sendo feitas em Israel, Alemanha, França, Chile e Uruguai.
No Brasil uma terceira dose da Pfizer está sendo testada com 1.160 voluntários. Metade tomou a vacina, metade tomou placebo. Na sexta-feira (6), houve a última aplicação em um centro de São Paulo.
“Esse estudo vai mostrar se a eficácia da vacina tomada na dose de reforço é maior significantemente do que aquelas pessoas que só tomaram duas doses”, disse ao Fantástico o coordenador de estudos da Pfizer no Brasil, Cristiano Zerbini.
“A dose de reforço deve ser discutida só dentro do plano científico. Para isso, nós estamos fazendo um estudo. Pode ser que a gente prove que não há necessidade”, concluiu.
Uma terceira dose da Oxford/Astrazeneca já começou a ser aplicada para pesquisa e o Ministério da Saúde anunciou um estudo sobre doses de reforço para quem tomou Coronavac, com 1.200 voluntários.
Mas o próprio fabricante da Coronavac no Brasil, o instituto Butantan adiantou ao Fantástico sua pesquisa.
“Deve iniciar ainda nesse mês, exatamente para definir qual será a contribuição de uma dose adicional independentemente de quais tenham sido as duas primeiras doses. Uma revacinação pode ser feita com uma vacina completamente diferente”, disse o presidente do Butantan, Dimas Covas.
Fonte: Fantástico/TVGlobo