13/09/2021
Lobista que discutiu compra de vacina e teria ajudado filho de Bolsonaro a abrir empresa será obrigado a depor na CPI
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Marcada para a quarta-feira (15) o depoimento do lobista Marconny Albernaz de Faria na CPI da Covid.
A Justiça Federal em Brasília autorizou a condução coercitiva do lobista caso ele não compareça e nem justifique a sua eventual ausência.
No começo do mês ele não compareceu e apresentou um atestado que foi questionado pelo motivo e pelo prazo. Tanto que o próprio médico que assinou, titubeou e pôs em xeque a necessidade do lobista de um atestado para faltar à sessão da CPI.
Marconny é apontado pela CPI da Covid como um intermediário da Precisa Medicamentos, que fechou contrato com o Ministério da Saúde de mais de R$ 1 bilhão para venda de vacina, mas o contrato teve que ser suspenso por suspeita de irregularidade.
Marconny já foi alvo de investigação no Pará.
Ele recebeu visita da Polícia Federal e teve o celular apreendido na Operação Hospedeiro, do Ministério Público Federal (MPF) daquele estado.
Mensagens trocadas por Marconny com outros envolvidos nas investigações que resultaram na CPI foram encontradas no celular do lobista, que conversava com Ricardo Santana, um dos presentes ao jantar em onde supostamente se negociou a cobrança de propina por doses de vacinas que viriam a ser vendidas ao Ministério da Saúde pela Davati Medical Supply.
No celular também havia mensagens que apontam que Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, tentou conseguir uma indicação no Ministério da Saúde, pedindo que fosse colocada “na conta de Renan”, o filho dela e do presidente, Jair Renan.
Foram as mensagens do celular do lobista também que revelaram que ele ajudou Jair Renan a criar a empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia.
Só o que não falta é assunto para questionar Marconny Albernaz na CPI.